O USO DE METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO: experiência da formação técnica dos Agentes Comunitários de Saúde realizada pela Escola de Saúde Pública do Maranhão no município de São Benedito do Rio Preto-MA
aprendizagem baseada em problemas; educação permanente em saúde; agente comunitário de saúde.
O Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem elevada importância para a saúde pública no Brasil, sendo a formação essencial para viabilizar a excelência da sua atuação, representando um papel fundamental na implementação de políticas voltadas para o ajuste do modelo médico desde a criação do SUS. Nessa perspectiva, este estudo teve a finalidade de analisar o uso da metodologia da problematização no processo formativo dos ACS da ESP/MA e como os ACS percebem o uso da metodologia da problematização durante o seu processo formativo. Foi realizado um estudo descritivo-exploratório, com método analítico descritivo e abordagem qualitativa. A amostra foi constituída pelos discentes e pela facilitadora do município de São Benedito do Rio Preto-MA. A coleta de dados ocorreu nos meses de agosto a setembro de 2020. Os instrumentos analisados foram constituídos por um questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas e instrumentos pedagógicos referentes a essa turma. Utilizou-se para análise dos dados a técnica Análise de Conteúdo com o auxílio do software EpiInfo ® versão 3.5.4. Os resultados permitiram concluir que a Metodologia da Problematização é utilizada como estratégia pedagógica, podendo promover novos conhecimentos a partir dos conhecimentos prévios, estimula a curiosidade e as habilidades, fazendo com que esse profissional tenha nova tomada de decisão individual e coletiva, dinâmica e complexa, exercitando a práxis para formar a consciência das práxis. Portanto, esse profissional tornou-se um importante elemento na promoção de mudanças no modelo assistencial e fortalecimento da atenção básica. Os resultados indicam que, diante do contexto de atuação dos ACS, precisam ser adotadas formas mais abrangentes, continuadas e organizadas com metodologias que sejam capazes de torná-los sujeitos cada vez mais críticos e reflexivos e protagonistas nesse processo de ensino-aprendizagem, buscando sempre respeitar a autonomia dos sujeitos.