PPGSC-P PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA (PPGSC-P) INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA Telefone/Ramal: (71) 3283-7416

Banca de DEFESA: VANESSA MARINHO GONÇALVES DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VANESSA MARINHO GONÇALVES DE SOUZA
DATA : 17/01/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Sala do aplicativo Zoom
TÍTULO:

EFEITO DA COBERTURA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DO ÚTERO NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS.


PALAVRAS-CHAVES:

Câncer de colo do útero; Mortalidade; Estratégia Saúde da Família; Avaliação de efeito


PÁGINAS: 66
RESUMO:

Introdução: A taxa de mortalidade (TM) por câncer de colo do útero (CCU), no Brasil, mostra uma tendência de redução significativa, porém está desigualmente distribuída no território nacional, apresentando maiores taxas em regiões de menor desenvolvimento socioeconômico. Estudos demonstram que regiões com programas efetivos de rastreamento reduziram significativamente as taxas de incidência e mortalidade, sendo a ocorrência deste tipo de câncer altamente prevenível na população de pessoas com útero. A Atenção Básica, especialmente a Estratégia Saúde da Família (ESF), desenvolve ações de controle do câncer de colo do útero e tem importante papel na ampliação do rastreamento e monitoramento da população-alvo. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi de avaliar o efeito da cobertura da ESF na redução da mortalidade por câncer de colo do útero nos municípios brasileiros, entre 2010 e 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, incluindo 4548 municípios brasileiros, no período de 2010 a 2019. Foram calculadas as taxas de mortalidade bruta para população total e para faixa etária da população-alvo de rastreamento (25 a 64 anos), as taxas de mortalidade bruta para população total e para faixa etária da população-alvo de rastreamento (25 a 64 anos) de acordo com os níveis de cobertura da ESF e a cobertura do indicador de rastreamento para cada município por ano. A categorização da cobertura da ESF foi feita em três níveis: sem ESF e incipiente (<30%), intermediária (>=30% e <70% ou >= 70%, para menos do que os quatro anos anteriores) e consolidada (>= 70%, pelo período mínimo de 4 anos anteriores). Foram realizadas análises de regressão multivariada por dados em painel, utilizando-se modelos de regressão negativa binomial com efeitos fixos e ajustadas pelas covariáveis socioeconômicas e demográficas consideradas relevantes. Foram também feitas análises estratificadas pelo tamanho da população, indicador razão de exames citopatológicos do colo do útero e IDHM. Resultados: As médias das taxas de mortalidade bruta para população total e para faixa etária da população-alvo apresentaram queda de 7,92% e 16,53%, respectivamente, no período estudado. O aumento da cobertura da ESF foi associado a redução da taxa de mortalidade para população total e para faixa etária da população-alvo de rastreamento em alguns dos modelos brutos, porém o efeito não foi mantido após o ajuste por variáveis confundidoras, sendo necessário mais estudos para verificação dessas associações. Conclusão: Os achados desse estudo sugerem que a expansão da cobertura municipal da ESF pode produzir efeito na redução da mortalidade por câncer de colo do útero através das ações de controle do CCU desenvolvidas no âmbito da Atenção Básica, como o rastreamento adequado da população- alvo, educação e sensibilização do público-alvo sobre a importância da adesão ao exame com a periodicidade adequada, além do aumento da cobertura vacinal contra o vírus HPV.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AMINE FARIAS COSTA - UERJ
Interna - ***.554.205-** - EMANUELLE FREITAS GOES - MEC
Externa ao Programa - ***.845.265-** - FLÁVIA JÔSE OLIVEIRA ALVES - UFBA
Presidente - ***.399.775-** - ILA ROCHA FALCÃO - UFBA
Notícia cadastrada em: 14/12/2023 10:24
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