Banca de DEFESA: FABIELY GOMES DA SILVA NUNES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABIELY GOMES DA SILVA NUNES
DATA : 13/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Universidade Federal da Bahia
TÍTULO:

DESAFIOS PARA GARANTIA DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA EM MUNICICÍPIOS RURAIS REMOTOS NO SEMIÁRIDO NORDESTINO


PALAVRAS-CHAVES:

Atenção Secundária à Saúde; Acesso aos Serviços de Saúde; Serviços de Saúde Rural; Assistência Ambulatorial; Assistência Integral à Saúde.


PÁGINAS: 140
RESUMO:

Este estudo busca compreender os desafios para a garantia de Atenção Especializada (AE) em municípios rurais remotos (MRR) no semiárido nordestino. Trata-se de estudo de casos e os dados foram produzidos por meio de 37 entrevistas semiestruturadas realizadas em quatro MRR em dois estados brasileiros – Piauí e Bahia. As entrevistas envolveram 24 profissionais de equipes de saúde da família da zona rural e urbana – oito agentes comunitários de saúde, oito enfermeiros e oito médicos –, e 13 gestores, sendo oito gestores municiais, três gestores regionais e dois gestores estaduais. Os resultados estão organizados em dois artigos: 1) Interface entre Atenção Primária à Saúde e Atenção Especializada: desafios para produção do cuidado em Municípios Rurais Remotos no Semiárido; 2) Estratégias de gestores de municípios rurais remotos do semiárido nordestino para provisão de atenção especializada em saúde. Em síntese, os resultados apontam que em todos os casos, havia grandes vazios assistenciais nas respectivas regiões de saúde, fator que colaborava para a existência de diferentes arranjos organizativos para oferta de AE. A maior parte da oferta pública e privada para AE encontrava-se fora dos MRR e, frequentemente, era externa à própria região de saúde. Neste sentido, requeria grandes deslocamentos dos usuários às capitais dos estados (Salvador ou Teresina), para as sedes das regiões de saúde (Ibotirama, Juazeiro ou Floriano), às sedes das macrorregiões de saúde (Barreiras ou Juazeiro) e, também, aos inúmeros prestadores pulverizados em outros municípios. Em todos os MRR havia, periodicamente, médicos avulsos que ofertavam AE por desembolso direto aos usuários ou venda de procedimentos aos gestores. Algumas características da APS como a rotatividade de profissionais, sobretudo médicos, com menores cargas horárias nas unidades de saúde e características da formação (recém-formado e/ou sem residência) comprometiam a resolutividade e implicava, paradoxalmente, em maior dependência da AE. Outro contrassenso, em consequência dos grandes deslocamentos ao provedor, era que, em alguns casos, tornava-se mais vantajoso aos usuários pagar o procedimento/consulta por desembolso direto quando este era ofertado pela iniciativa privada na própria cidade de residência ou em município mais próximo. A central de marcação de consultas (CMC) localizava-se nas secretarias de saúde e regulava para os pontos de atenção conforme critérios técnicos e disponibilidade de vagas. Neste aspecto, os ACS apresentaram um importante papel como elo entre o paciente, a CMC e a equipe de saúde, na medida em que, compartilhava as informações relativas a marcação e resultados de exames aos pacientes, e sobre a condição de saúde e histórico das consultas na AE, considerando que havia fragilidade nos fluxos de referência e contrarreferência. Por fim, na perspectiva dos MRR, o desafio dos gestores e profissionais da saúde consiste em identificar as singularidades, avaliar potencialidade e fragilidades desses cenários e, concretizar a gestão cooperativa e integrada, para propor e intervir por meio de soluções locorregionais que contemplem as necessidades dos usuários, viabilizando e qualificando o cuidado em saúde.   


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1553664 - ADRIANO MAIA DOS SANTOS
Interna - 032.321.966-75 - PATTY FIDELIS DE ALMEIDA - UFF
Externa à Instituição - ANGELA DE OLIVEIRA CARNEIRO - UNIVASF
Externa à Instituição - MARCIA CRISTINA RODRIGUES FAUSTO - ENSP
Notícia cadastrada em: 28/07/2021 12:16
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