Banca de DEFESA: CAMILA DE JESUS FRANÇA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAMILA DE JESUS FRANÇA
DATA : 06/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala da congregação, com transmissão online via webconferencia RNP- membro externo
TÍTULO:

O trabalho do Agente Comunitário de Saúde frente a pandemia da Covid-19: Analise da produção de conhecimento técnico e científico e de casos múltiplos no Nordeste Brasileiro


PALAVRAS-CHAVES:

Agente Comunitário de Saúde. Atenção Primária à Saúde. Covid-19.

 


PÁGINAS: 115
RESUMO:

A presente dissertação teve como objetivo identificar, sistematizar e analisar as implicações da pandemia da Covid-19 para o trabalho comunitário em saúde. Trata-se de uma pesquisa que contemplou uma revisão de síntese integrativa, duas revisões documentais e um estudo de casos múltiplos sobre o trabalho dos Agentes Comunitários em Saúde (ACS) no contexto pandêmico. A análise pautou-se no referencial sobre a orientação comunitária e o trabalho em saúde e o debate em torno do processo de trabalho, para a compreensão da organização das ações frente ao contexto pandêmico e os desafios contextuais no cenário socio político nacional na conjuntura mais recente. Os resultados foram apresentados e discutidos em quatro artigos: O primeiro trata-se de uma síntese rápida de evidências em bases bibliográficas, sobre o trabalho dos Trabalhadores Comunitários de Saúde (CHWs) durante o período pandêmico em diferentes países. O segundo encontra-se em formato de capítulo de livro e teve como objetivo fornecer um breve panorama crítico acerca da perspectiva atual de conformação do trabalho dos ACS, durante o período da pandemia, a partir das recomendações emitidas pelo Ministério da Saúde no Brasil. Contudo, devido à escassez de publicações governamentais, no período inicial da pandemia, o terceiro artigo buscou identificar e analisar as recomendações para organização do trabalho dos ACS, com base na análise de diretrizes e orientações governamentais e não governamentais direcionadas a delimitar a resposta da APS no Brasil. Admitiu-se documentos veiculados e disponibilizados por instituições de ensino e pesquisa e/ou de natureza não governamental, inclusive vídeos, boletins informativos, tomados como fonte para a compreensão do problema de pesquisa. Por fim, ainda que possam ter ocorrido modificações nas atividades relacionadas ao trabalho dos ACS, a literatura trouxe poucos elementos para compreensão das características centrais do trabalho desses profissionais na resposta à Covid-19. Ante ao exposto, o quarto artigo teve por objetivo identificar a organização e caracterizar o trabalho dos ACS, em três municípios do Nordeste brasileiro, entre janeiro de 2020 a agosto de 2021. Ao considerar o conjunto das produções derivadas para responder as questões deste estudo, essa dissertação suscita reflexões acerca do papel do trabalhadores comunitários em saúde, como parte da força de trabalho de saúde da linha de frente no combate a pandemia em diversos países, contribuindo para desvelar o potencial das ações direcionadas aos determinantes sociais da saúde, além do controle e prevenção de pandemias, e sobretudo refletir sobre a potencialidade da orientação comunitária em situações de crises sanitárias e como pode ter sido subutilizada ou negligenciada. Evidencia-se no Brasil, que o suporte e o apoio institucional, a formação e educação permanente para os ACS durante a pandemia foram insuficientes, o que culminou na sua saída de seus territórios. A falta de direcionamentos claros que sejam embasados no fortalecimento dos atributos inerentes ao trabalho do ACS, conforme a orientação comunitária e territorial, constitui uma preocupação frente a impossibilidade de execução de ações resolutivas para a consolidação de uma APS forte e robusta, para responder adequadamente às necessidades decorrentes de crises sanitárias localizadas ou abrangentes ou das premissas do modelo de atenção priorizado no Brasil. Observa-se a necessidade de pesquisas que  permitam  conhecer  melhor  as  reais potencialidades da orientação comunitária,  e formas mais custo-efetivas de intervenção, que permitam avaliar os resultados alcançados até o momento e direcionar a reorganização de processos necessários, dada as configurações do trabalho na APS na atualidade, nos territórios rurais e urbanos brasileiros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2765854 - NILIA MARIA DE BRITO LIMA PRADO
Interno - 1553664 - ADRIANO MAIA DOS SANTOS
Externa ao Programa - ***.638.795-** - ANA LUIZA QUEIROZ VILASBOAS - UFBA
Externa à Instituição - MÁRCIA VALÉRIA GUIMARÃES CARDOSO MOROSINI
Notícia cadastrada em: 30/01/2023 15:28
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