Banca de DEFESA: EDER PAULO REIS ORNELAS SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDER PAULO REIS ORNELAS SILVA
DATA : 15/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 401 - Prédio administrativo da Ufba ( com transmissão RNP - docente externo)
TÍTULO:

SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E OS DESAFIOS DA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMARIA A SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Trabalhadores; Atenção Primária à Saúde; Saúde mental; Pandemia por COVID-19.


PÁGINAS: 102
RESUMO:

Eventos epidêmicos de alta magnitude, como a pandemia da COVID-19 são momentos instáveis que demandam ampliação de capacidades físicas, cognitivas e emocionais dos profissionais da saúde, inclusive no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). O artigo objetiva identificar, descrever e sistematizar as implicações para a saúde mental dos trabalhadores da APS em decorrência das mudanças pessoais, organizacionais e sociais na atividade trabalho durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de um recorte da pesquisa Projeto “Travailler Sur Les Soins de Première Ligne Pendant La Pandémie de Covid-19 - Étude Brésil, Canada et Portugal”, coordenado pela Universidade de Brasília, em parceria com Universidade do Porto e Universitè du Montreal. O método contemplou uma revisão integrativa que incluiu 908 artigos indexados nas bases de dados BVS, Periódicos Capes, Pubmed, Scielo.org, Science direct, Web of Science. Os artigos com pontuação igual ou superior a 80% conforme o checklist Critical Appraisal Skills Programme (CASP) foram incluídos no corpus final da revisão. Observou-se com base na revisão que o pessoal corpo si, os trabalhadores fazem “uso de si”, ou seja, fazer uso de suas próprias habilidades, recursos e escolhas. Ao expressar a dimensão subjetiva do trabalho e as contribuições e percursos biográficos individuais dos processos vividos pelos humanos na cena do trabalho repercutiram em sintomas de saúde mental. A sobrecarga de trabalho, a falta de apoio, a ambiguidade de papéis e a ameaça percebida do COVID-19 estavam todos correlacionados com o esgotamento e o burnout e sentimentos de esgotamento emocional/físico e estresse e sintomas de transtorno de estresse pós-traumático, assim como, condições cognitivas e afetivas, projetadas em intensos sintomas de desconcentração e tristeza. Ademais, foram recorrentes descrição de resistência pública da população em resposta às estratégias de contenção da COVID-19 com episódios de violência direcionadas aos profissionais de saúde. A partir de tais constatações, notou-se que todos estes constrangimentos vividos levam a um estado indicativo de estresse devido ao grande número de imprevistos e pressão temporal. Neste sentido, o uso da abordagem ergológica ao considerar o sujeito na sua singularidade, nas suas ações destacando que as mesmas, apesar de ocorrerem em contextos históricos sociais e institucionais diferenciados, são sempre singulares e em processo permanente de renormalização, permitiu promover reflexões sobre o trabalho real e as implicações para a saúde mental dos profissionais de saúde. Portanto, as experiências dos trabalhadores, a cultura, os valores, as condições do meio, as relações pessoais e a variabilidade permanente são centrais na ergologia, e nos instigam a refletir acerca da sua propriedade para auxiliar na compreensão da complexidade envolvida no trabalho da APS. Dessa forma,  espera-se lançar luz sobre a necessidade de intervenções na saúde mental como parte do planejamento da gestão do trabalho em saúde, em especial na APS, lócus negligenciado no contexto atual.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2765854 - NILIA MARIA DE BRITO LIMA PRADO
Interno - 1553664 - ADRIANO MAIA DOS SANTOS
Externa ao Programa - 2765957 - ELVIRA CAIRES DE LIMA - UFBAExterna à Instituição - ERICA LIMA COSTA DE MENEZES
Notícia cadastrada em: 15/12/2022 08:59
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