AVALIAÇÃO DE MISTURA DE GOMA XANTANA E NANOARGILA MONTMORILONITA PARA O DESENVOLVIMENTO DE NANOFLUIDO DE PERFURAÇÃO
nanoargila, nanofluido de perfuração, xantana, reologia
Com a estimativa de aumento da demanda de petróleo para as próximas décadas, intensifica-se a necessidade de exploração de áreas não-convencionais, e associada a elas, ante aos altos custos de exploração, a necessidade de aperfeiçoar as tecnologias disponíveis. Nesse sentido, na última década, intensificou-se a aplicação de nanopartículas para o aperfeiçoamento de fluidos de perfuração. Nesse cenário, as nanoargilas montmorilonitas e as gomas xantana foram pouco exploradas para o desenvolvimento de nanofluidos. Para esse trabalho, verificou-se a influência da nanoargilas montmorilonita hidrofóbica e hidrofílica sobre os parâmetros reológicos de soluções de xantana contendo cloretos de sódio e de cálcio. Para tanto, dividiu-se a análise experimental para cada argila. Para a argila hidrofóbica, primeiramente caracterizou-se a nanoargila com FRX, DRX e TGA; em seguida, adotou-se um planejamento fatorial completo 24 variando as concentrações da nanoargila, xantana, cloretos de sódio e de cálcio; em terceiro, adotou-se uma Matriz de Doehlert do tipo 7x5x3 variando as concentrações de nanoargila, xantana e temperatura, com as concentrações dos sais constantes; em quarto, avaliou-se a dispersão das misturas com parâmetros reológicos discrepantes e respectivos Condutividade e Potenciais Zeta. Para a argila hidrofílica, primeiramente também a argila foi caracterizada por DRX, FRX e TGA. Depois, sob planejamento experimental unidimensional em triplicata, avaliou-se: a influência da variação de concentração de nanoargila sobre a reologia da solução, mantendo constantes as concentrações dos sais e da xantana; em seguida, a influência da temperatura e em seguida do tempo de hidratação sobre a reologia da mistura, mantendo as concentrações dos componentes constantes; por fim, a interação das partículas da mistura por meio de ensaio de Condutividade Elétrica e o Potencial Zeta, variando-se concentração de nanoargila e tempo de hidratação. Concluiu-se, para argila hidrofóbica, que as interações entre os componentes da mistura não estabilizam; a temperatura, os sais não exercem influência significativa sobre a reologia da mistura; a nanoargila em concentrações não superior a 5% (m/v) interage na Tensão de Cisalhamento Mínima; os parâmetros reológicos estabilizam após 96h de hidratação. Já para argila hidrofílica, que há melhoria da reologia das soluções de xantana para certas concentrações de nanoargila; a adição de nanoargila favorece a reologia na mistura de xantana com o aumento da temperatura; e o tempo de hidratação não afeta significativamente a reologia do nanofluido; que há interação entre a nanoargila e a xantana.