Banca de DEFESA: JESSICA DUARTE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JESSICA DUARTE SOUSA
DATA : 03/05/2019
HORA: 13:00
LOCAL: NUTS-HUPES
TÍTULO:

Superóxido Dismutase Tipo 1 como Potencial Alvo Terapêutico para a Leucemia/Linfoma de Células T de Adulto, patologia associada à infecção pelo Vírus Linfotrópico de Células T Humanas Tipo 1


PALAVRAS-CHAVES:

HTLV-1, SOD1, ATLL


PÁGINAS: 91
RESUMO:

INTRODUÇÃO: O mecanismo dos tratamentos secundários, como a utilização de antioxidantes e de interferon (IFN) tipo 1, para a patologia associada ao Vírus Linfotrópico de Células T Humanas do tipo 1 (HTLV-1), Mielopatia Associada ao HTLV-1/Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP), ainda não é completamente elucidado, mas baseia-se na proteção contra as Espécies Reativas de Oxigênio (ERO). A enzima Superóxido Dismutase do tipo 1 (SOD1) catalisa a dismutação dos radicais superóxido e é importante para a sobrevivência do HTLV-1 no meio intracelular. Mecanismos inibitórios dessa enzima, como através do dietilditiocarbamato (DETC), poderia aumentar a concentração intracelular de superóxido, desencadeando estresse oxidativo e induzindo a morte celular por apoptose. Dessa forma, a regulação dos radicais superóxido em linfócitos infectados, através da atividade antioxidante de SOD1, poderia ser um alvo terapêutico para a Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (ATLL), outra patologia também associada ao HTLV-1. OBJETIVO: Investigar a enzima antioxidante SOD1 como um potencial alvo terapêutico para ATLL; e seu inibidor, DETC, como uma terapia pro-oxidante promissora para essa patologia. MATERIAL E MÉTODOS: O banco de dados Gene Expression Omnibus (GEO) foi utilizado para a busca por conjuntos de dados de expressão gênica associados às formas clínicas da ATLL (indolente, crônica, linfomatosa e aguda). A metanálise dos dados foi realizada utilizando o software Ingenuity Pathway Analysis (IPA). A concentração plasmática de SOD1 em indivíduos infectados sintomáticos (ATLL e HAM/TSP), portadores assintomáticos e indivíduos saudáveis não infectados foi avaliada por ensaio de imunoabsorção enzimática ELISA Cu/Zn-SOD. Linhagens de linfócitos T, MT2 e MT4, foram utilizadas nos ensaios in vitro para avaliação da concentração citoplasmática basal de SOD1, por ELISA Cu/Zn-SOD; e para avaliação da inibição de SOD1 por DETC. A capacidade apoptótica do DETC e a validação da sua ação, pelo uso do antioxidante N-acetilcisteína (NAC) foram avaliadas por citometria de fluxo e quantificada por coloração com Hoechst 33432. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nas formas clínicas crônica e aguda da ATLL, observamos que o gene NFE2L2, relacionado à regulação da resposta antioxidante, está sendo diferencialmente expresso, sob regulação positiva, e que a via clássica de proliferação de linfócitos, está ativada. A dosagem plasmática de SOD1 em doadores saudáveis (28.3, 15.6 – 37.75 ng/mL,  n= 20), portadores assintomáticos (193.6, 170.2–327.4 ng/mL,  n =19), pacientes HAM/TSP (38,1, 10,6 – 59,25 ng/mL, n = 14) e pacientes ATLL (270.6, 141.8 – 456.9 ng/mL, n=25) demonstrou que a concentração de SOD1 é significativamente menor (p<0,0001) em pacientes HAM/TSP, em comparação aos portadores assintomáticos e pacientes ATLL, o que pode explicar o sucesso terapêutico de antioxidantes, como a vitamina C para esta forma clínica;  significativamente maior (p<0,0001) em portadores assintomáticos, em comparação aos pacientes HAM/TSP e doadores saudáveis, o que também poderia  sugerir SOD1 como um marcador de prognóstico para ATLL; que está significativamente  maior (p<0,0001) em pacientes ATLL, quando comparada a de pacientes HAM/TSP e a de doadores saudáveis, o que pode representar um alvo terapêutico promissor para o tratamento dessa patologia. Foi possível demonstrar também perda gradativa da viabilidade, dos linfócitos MT2 e MT4, com o aumento da concentração de DETC; e maior sensibilidade de MT4 (IC50=11.92µM), a esse fármaco quando comparado com MT2 (IC50= 26.45µM). Determinamos também, o ápice de resposta positiva ao tratamento com DETC em concentração superior em linfócitos MT2 (50 µM) comparado aos linfócitos MT4 (10 µM). A utilização do antioxidante NAC  para a validação da inibição de SOD1 via DETC, mostrou-se mais proeminente em MT2, nos quais foi possível reverter a ação do DETC até 500μM, mantendo metade da viabilidade celular até 2000μΜ, do que em linfócitos MT4, nos quais reverte a ação oxidante do DETC até 10μM. Tais resultados são corroborados pelo fato de os linfócitos MT2 possuírem uma concentração basal de SOD1 (6.73, 4.47–10.43 ng/mL) superior à de linfócitos MT4 (3.15, 2.78–3.5 ng/mL). CONCLUSÃO: SOD1 poderia ser sugerida como um potencial alvo terapêutico para ATLL, assim como a utilização do DETC como uma terapia pro-oxidante promissora nesta patologia.                                                                     


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1854449 - ALINE CRISTINA ANDRADE MOTA MIRANDA MASCARENHAS
Externo à Instituição - ANDREA THOMPSON DA POIAN - UFRJ
Externo à Instituição - LUCIANE AMORIM SANTOS - Fiocruz-Ba
Notícia cadastrada em: 24/04/2019 11:46
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