Banca de DEFESA: FELIPE PAIVA SILVA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FELIPE PAIVA SILVA DE OLIVEIRA
DATA : 20/04/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Online, via Zoom
TÍTULO:

FATORES SOCIOECONÔMICOS, AMBIENTAIS, DEMOGRÁFICOS E DE SANEAMENTO BÁSICO CORRELACIONADOS À INCIDÊNCIA DA DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA: UM ESTUDO ECOLÓGICO EM UMA BACIA HIDROGRÁFICA DE SALVADOR-BA


PALAVRAS-CHAVES:

arboviroses, Aedes aegypti, saúde pública


PÁGINAS: 195
RESUMO:

Nos últimos anos, os arbovírus DENV, CHIKV e ZIKV passaram a circular conjuntamente no território brasileiro trazendo grande preocupação para a saúde pública no País. Um exemplo de espaço geográfico complexo onde a população está susceptível às arboviroses, são os bairros da bacia hidrográfica do Rio Camarajipe, um recorte espacial da cidade de Salvador, que apresenta disparidades socioeconômicas e de infraestrutura, fatores que contribuem para a transmissão da dengue, zika e chikungunya. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar espacial e temporalmente os fatores socioeconômicos, ambientais, demográficos e de saneamento básico correlacionados à incidência de dengue, chikungunya e zika nos bairros que compõem a bacia hidrográfica do Rio Camarajipe, Salvador-BA, no período de 2014 a 2018. Para esse estudo ecológico utilizou-se como fontes de dados secundários os índices de infestação pelo Aedes aegypti do Centro de Controle de Zoonoses e os dados de ocorrência das três arboviroses da Vigilância Epidemiológica, ambas instituições vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. Ademais, foram utilizados dados socioeconômicos e de saneamento básico provenientes do projeto QualiSalvador e do Censo Demográfico 2010 do IBGE, bem como informações climáticas do INMET. Foi realizada análise descritiva dessas variáveis, sendo posteriormente investigada a correlação e realizada a análise de regressão linear múltipla a fim de identificar a contribuição das variáveis que refletiam o contexto social, econômico e ambiental na área de estudo para as variáveis respostas índices entomológicos e incidência de dengue, de zika e de chikungunya. Os resultados indicaram que durante 2015 a 2018 a maior parte dos bairros apresentavam índices de infestação acima do limiar de alerta (IIP ou IB≥1,0%) ou de risco (IIP ou IB≥4,0%) de epidemias dessas arboviroses. As chuvas de até três meses anteriores aos LIRAa/LIA estiveram associadas linearmente com os índices de infestação, demonstrando a importância da análise dos eventos climáticos considerando um tempo de defasagem. Ademais, os recipientes positivos para Aedes aegypti ao nível do solo com água foram aqueles mais representativos na Bacia. Foi percebida uma correlação forte positiva entre os depósitos fixos (Grupo C) com a renda média mensal dos chefes de família. Quanto à incidência das arboviroses, o ano 2016 foi mais representativo para chikungunya, 2014 a 2015 para dengue e 2015 e 2016 para zika. A partir de 2017 os números de casos reduziram significativamente até 2018. Os modelos de regressão linear múltipla não foram suficientes para explicar a ocorrência das três arboviroses. Apesar disso, essa análise de regressão linear múltipla mostrou-se satisfatória para explicar os índices de infestação, sendo os fatores preponderantes para o maior número de imóveis e recipientes positivos para Aedes aegypti ente 2015 e 2018 o menor nível de adequação dos serviços públicos de abastecimento de água e de drenagem das águas pluviais nos bairros da área de estudo.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 080.074.385-72 - LUIZ ROBERTO SANTOS MORAES - UFBA
Interno - 2498702 - PATRICIA CAMPOS BORJA
Externo ao Programa - 1369353 - GUILHERME DE SOUSA RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 29/12/2020 14:49
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