ACESSIBILIDADE DIDÁTICA: PRAXEOLOGIAS MATEMÁTICAS SOBRE SEQUÊNCIAS PARA SURDOS(AS) E OUVINTES
TAD. Sequências. Percurso de Estudo e Pesquisa. Educação Matemática Inclusiva. Acessibilidade Didática.
Esta pesquisa está inserida nos campos da formação inicial e formação continuada de professore(a)s de Matemática, situados, respectivamente, na Licenciatura em Matemática e no Ensino Médio Integrado. A investigação tem como propósito responder à indagação Como um Percurso de Estudo e Pesquisa, acessível didaticamente, pode promover a reconstrução/elaboração de praxeologias matemáticas no ensino de sequências para estudantes surdos(as) e ouvintes? Adotamos a Teoria Antropológica do Didático (TAD), de Yves Chevallard e colaboradore(a)s, como lente teórica, mas que também delineia nossa caminhada metodológica. Para tal, foi desenvolvido, de forma processual, um dispositivo-metodológico-teórico denominado de Percurso de Estudo e Pesquisa com Potencial Inclusivo para Formação de Professore(a)s, o PEPPI-FP, construído ao longo de sete sessões de estudo e pesquisa com licenciando(a)s e docentes de Matemática. O estudo trouxe como objetivos, investigar as praxeologias matemáticas elaboradas por docentes e estudantes da Licenciatura em Matemática, no ensino de sequências para estudantes surdos(as) e ouvintes, assim como reconstruir aquelas praxeologias que não eram acessíveis didaticamente, para torná-las com potencial inclusivo. Os principais resultados da pesquisa apontaram que o(a)s licenciando(a)s e docentes que participaram do processo de formação profissional, com aporte do dispositivo PEPPI-FP, identificaram aspectos que devem ser considerados quando se trata de práticas para um ensino inclusivo. Os resultados da investigação sinalizaram que tanto a formação inicial quanto a formação continuada de professore(a)s de Matemática devem contar com o incentivo de estudos com seus pares, mas também revela a importância da mudança, do se movimentar e sair do lugar de fala de que “não está preparado(a) para a inclusão”. O(a)s participantes admitiram que a preparação se dá no transcorrer e na dinâmica da vida docente, na formação contínua, nas trocas, para dar conta dos desafios diários presentes nas salas de aula.