Banca de DEFESA: CAROLINA SANTOS BONFIM

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAROLINA SANTOS BONFIM
DATA : 28/01/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório 1 Faculdade de Educação da UFBA
TÍTULO:

 Ideias de universitários cegos sobre a Natureza da Ciência (NOS)


PALAVRAS-CHAVES:

NOS, Educação Inclusiva, Ensino de Ciências


PÁGINAS: 238
RESUMO:

na presente dissertação propomos um diálogo entre Ensino de Ciências e Educação Inclusiva, tendo em vista a importância que NOS (Nature of Science, pt. Natureza da Ciência) exerce nas pesquisas da área de Ensino de Ciências e da crescente discussão acerca do Ensino Inclusivo. Nesse sentido, investigamos as ideias de universitários cegos sobre Natureza da Ciência, por meio de entrevistas semiestruturadas. Para tal fim, elaboramos e validamos um instrumento inspirado em duas das principais perspectivas, propostas por Norman Lederman e Douglas Allchin, dividido em duas partes. Essas perspectivas, a rigor, destoam entre si, mas são comparáveis. Não há um impedimento em utilizá-las, desde que reconheçamos seus limites e distinções. A visão consensual, encabeçada por Lederman, tem no VNOS o seu instrumento mais difundido, por meio do qual concepções sobre NOS são acessadas, mediante questionamentos abertos sem um contexto específico. Em contrapartida, Allchin no âmbito de suas críticas ao VNOS e às listas consensuais, apresenta como alternativa a Whole Science, tendo como característica central a contextualidade, amparada na história das ciências. Destarte, identificamos e caracterizamos as ideias de discentes cegos do Ensino Superior na ausência e na presença de contexto. O instrumento é constituído de perguntas genéricas sobre as ciências, modificadas do PISA e VNOS (ausência de contexto), um caso sobre homeopatia e um caso sobre vacinas, seguidos de perguntas (presença de contexto). Dentro do contexto, os sujeitos conseguiram alcançar aspectos da NOS com maior amplitude e profundidade, mostrando ter uma noção abrangente das ciências, elencando em seus argumentos aspectos econômicos, sociais, políticos e de saúde pública. No que se refere à ausência de contexto, constatamos carência de argumentos epistêmicos e, em certo nível, um alcance das discussões sobre NOS, relativas à inexistência de um método científico único e universal, por exemplo. Buscamos também compreender seus imaginários sobre cientistas e se/como distinguem ciências de outras formas de conhecimento.  Os sujeitos, apesar de reconhecerem a importância da visão para a produção do conhecimento científico, não a consideram essencial, pois, segundo eles, cegos podem apresentar atributos vantajosos para as ciências, como capacidade de se concentrar mais no pensamento do que na visão. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2920919 - BARBARA CARINE SOARES PINHEIRO
Interno - 1808015 - ANDRE LUIS MATTEDI DIAS
Interno - 103.945.318-09 - NELSON RUI RIBAS BEJARANO - UFBA
Externo à Instituição - GERSON DE SOUZA MOL - UnB
Externo à Instituição - ROSÁRIA DA SILVA JUSTI - UFMG
Notícia cadastrada em: 24/01/2020 10:59
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