Banca de DEFESA: NADJA NUBIA FERREIRA LEITE CARDOSO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NADJA NUBIA FERREIRA LEITE CARDOSO
DATA : 17/02/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Faculdade de Educação
TÍTULO:

“Você (não) precisa aprender inglês se quer ser pesquisador(a)?”: o inglês como língua da comunicação cientifica na visão de estudantes de pós-graduação em ensino de ciências


PALAVRAS-CHAVES:

O inglês como língua internacional. Políticas linguísticas. Internacionalização da ciência.


PÁGINAS: 250
RESUMO:

Este estudo baseou-se nas reflexões e embates que envolvem o estudante pesquisador de cursos de pós-graduação stricto sensu em ensino de ciências no tocante ao conhecimento da língua inglesa como língua internacional da ciência e os desafios do universo da produção científica da sociedade mundializada. Meu objetivo é identificar e analisar a problemática do uso de línguas adicionais, de forma particular o inglês, mediante os desafios da internacionalização da ciência, e seus desdobramentos como a relação estreita entre o déficit comunicativo na divulgação científica em línguas adicionais por falta de proficiência linguística e a necessidade de produtividade e de visibilidade da produção científica brasileira, em defesa de políticas linguísticas que não contribuam para a perpetuação de uma hegemonia monolíngue. Numa primeira instância, o construto teórico da pesquisa foi estabelecido em quatro pilares: 1) o inglês como língua internacional; 2) O uso predominante do inglês na pesquisa e os desafios da produção científica que vão de encontro à perpetuação de uma hegemonia monolíngue de alcance global e local; 3) As problemáticas referentes à produção e a circulação dos conhecimentos científicos na concepção dos participantes da pesquisa em relação com o referencial teórico  e 4) a adoção de uma postura crítica do estudante pesquisador no sentido de combater o “capital linguístico” que parece querer dominar a divulgação da ciência na contemporaneidade e buscar conhecer e produzir ciência em diferentes línguas, inclusive, não hegemônicas. Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa interpretativista de cunho qualitativo no qual busca-se investigar as reações dos estudantes quanto a sua proficiência linguística em língua inglesa e as suas proposições concernentes às políticas linguísticas no sistema educacional, principalmente as suas reações frente à anglicização da ciência. A internacionalização, no contexto da pesquisa, não equivale nem a “americanização” nem a “anglicização” do mundo acadêmico, mas a um processo de bilateralidade da cooperação e da mobilidade e de iniciativas multilaterais dos sujeitos envolvidos. Para a geração de dados, foram aplicados questionários a estudantes de 7 dos 10 programas de pós-graduação stricto senso em ensino de ciências de algumas universidades do Brasil com conceito igual ou superior a 5, obtendo a participação de 87 discentes. Também foram aplicados questionários abertos e algumas entrevistas aos coordenadores dos programas envolvidos, dos quais participaram 5 coordenações. Após análise dos resultados, ficou evidente que há pouca publicação em inglês. O passo seguinte foi selecionar os estudantes do PPGEFHC que já haviam publicado em língua inglesa e fazer um grupo focal para dialogar sobre a temática. A escolha por este programa é porque, além de ser bem conceituado pela CAPES, foi o que obteve maior número de participações nas respostas dos questionários, em um total de 39 pessoas, das quais 8 declararam haver publicações em inglês e dessas, 4 aceitaram participar do grupo focal. Na triangulação desses dados foi incluída a entrevista com a coordenadora do programa, a professora Drª Andréia Maria Pereira Oliveira e com o seu fundador e pró-reitor, o professor Dr. Olival Freire Júnior. Os resultados e as constatações mostraram-se úteis e de fundamental relevância para o avanço das discussões político-ideológicas inerentes às políticas linguísticas relacionadas ao processo de internacionalização da ciência  na atualidade, mas, em especial, para aprofundar a reflexão sobre aspectos que encorajem a valorização de línguas não hegemônicas, decoloniais, nas quais a língua portuguesa e outras línguas se inserem poderosamente de forma a atrair muito mais pesquisadores em função da qualidade de suas pesquisas. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1148606 - ROSILEIA OLIVEIRA DE ALMEIDA
Interno - 071.811.595-34 - JOSE LUIS DE PAULA BARROS SILVA - UFBA
Interno - 2138504 - LUIZ MARCIO SANTOS FARIAS
Externo ao Programa - 2896618 - LUCIELEN PORFIRIO
Externo ao Programa - 1676797 - DOMINGOS SAVIO PIMENTEL SIQUEIRA
Externo à Instituição - TERESA HELENA BUSCATO MARTINS
Notícia cadastrada em: 10/01/2020 18:42
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