Banca de DEFESA: MARIANGELA CERQUEIRA ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANGELA CERQUEIRA ALMEIDA
DATA : 02/12/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, sala 6A
TÍTULO:

FORMAS DE PENSAR E FALAR ADAPTAÇÃO: UMA CONTRIBUIÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA PARA CARACTERIZAÇÃO DE ZONAS DE PERFIS CONCEITUAIS 


PALAVRAS-CHAVES:

perfis conceituais, conceito de adaptação, ensino de evolução, análise de discurso


PÁGINAS: 150
RESUMO:

A noção de formas de falar e sua relação com modos de pensar foram associadas ao perfil conceitual por Mortimer, a partir dos anos 2000. A partir de então, as pesquisas em perfis conceituais assumiram como pressuposto que diferentes modos de pensar estão relacionados a distintas formas de falar determinado conceito.  A partir de uma revisão a respeito do tratamento teórico e metodológico dado pelos pesquisadores em perfis conceituais à investigação da noção de formas de falar, identificamos duas perspectivas no que se refere à sua identificação, caracterização e relação com a construção de modelos de perfis. A primeira delas, historicamente aquela que inaugura os estudos das formas de falar associadas aos modos de pensar, encontrada nos trabalhos de Mortimer (2001) e de Amaral (2004), trata-se de uma abordagem das formas de falar como uma descrição do contexto discursivo-pedagógico da sala de aula quando da emergência das zonas de um perfil conceitual  A outra foi desenvolvida inicialmente por Coutinho (2005), seguida por Nicolli (2009) e aperfeiçoada por Sepulveda (2010), e identifica formas de falar típicas de cada uma das zonas de um perfil conceitual. Esta última resulta em um movimento teórico-metodológico de internalização das formas de falar aos modelos de perfis como um dos elementos na caracterização das zonas. A partir do levantamento e análise dos diálogos teóricos e procedimentos metodológicos utilizados pelos autores em seus trabalhos para identificar e caracterizar as formas de falar propomos, neste trabalho, uma estrutura teórico-metodológica para a caracterização das zonas de perfis conceituais, especialmente no que diz respeito as formas de falar. Essa estrutura metodológica cumpre os papéis: (1) resgatar e associar passos metodológicos utilizados pelos autores na caracterização das formas de falar ao longo da trajetória do programa de pesquisa em perfis conceituais; e (2) integrar novas proposições teóricas e metodológicas, especificamente, o uso da noção de padrões do diálogo da ciência - padrão organizacional do diálogo e padrão temático – de Lemke (1990), e a análise top-down do gênero de discurso proposta por Rojo (2007). A estrutura analítica proposta neste trabalho foi aplicada, de modo integrado ao perfil conceitual de adaptação proposto por Sepulveda (2010), à análise discursiva de episódios de ensino de evolução, produzidos ao longo de uma sequência de aulas sobre “Teoria Darwinista de Evolução: análise histórica e epistemológica, desafios e perspectivas de ensino”, em uma turma do 4º semestre do curso de licenciatura em ciências biológicas em uma universidade estadual, na Bahia.  Os resultados produzidos a partir dessa análise nos permitem concluir que: (1) a estrutura teórico-metodológica proposta neste trabalho, quando empregada de modo integrado a um modelo de perfil conceitual, em nosso caso, o perfil de adaptação modelado por Sepulveda (2010), tornou possível descrever, em termos semânticos, sociais, e linguísticos, os contextos discursivos nos quais há negociação e construção de significados; (2) a caracterização dos compromissos epistemológicos e ontológicos das zonas do perfil conceitual de adaptação (SEPULVEDA, 2010) apresentou alguns limites para análise do discurso no ensino superior de evolução, por esta razão, propusemos a adição de compromissos àqueles que sustentam as zonas deste perfil, a exemplo, do compromisso com uma visão prospectiva da adaptação que pode ser compartilhado entre as zonas ajuste providencial e abordagem adaptacionista da forma orgânica; (3) o perfil conceitual de adaptação proposto por Sepulveda (2010), após avaliação e aprimoramento, constitui-se como uma ferramenta de análise da heterogeneidade das formas de pensar esse conceito no ensino superior de evolução. Ademais, este estudo apresenta implicações para o programa de pesquisa em perfis conceituais, entre elas, a proposição de uma metodologia sistematizada para a caracterização enunciativa das formas de falar que busca conciliar as perspectivas historicamente utilizadas no programa por meio da mtodologia top-down da análise backhtiniana do enunciado proposta por Rojo (2007) e o pardrão temático de Lemke (1999).


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 963.380.080-34 - ANA PAULA MIRANDA GUIMARÃES - IFBA
Presidente - 567.815.045-68 - CLAUDIA DE ALENCAR SERRA E SEPULVEDA - UEFS
Externo à Instituição - FÁBIO AUGUSTO RODRIGUES E SILVA - UFOP
Externo à Instituição - ORLANDO DE AGUIAR JR - UFMG
Interno - 1148606 - ROSILEIA OLIVEIRA DE ALMEIDA
Notícia cadastrada em: 06/11/2019 21:28
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