Teoria quântica de campos pelas trilhas da eletrodinâmica quântica no Brasil, 1948-1980: as contribuições dos físicos J. Leite Lopes, T. Maris e J. A. Swieca
Teoria Quântica de Campos no Brasil; História da Eletrodinâmica Quântica no Brasil; História Social da Ciência do Brasil; Richard Feynman; José Leite Lopes; Theodor Maris; Jorge André Swieca.
Este trabalho objetiva construir capítulos da Teoria Quântica de Campos (TQC) pelas trilhas da Eletrodinâmica Quântica (EDQ) no Brasil, no período de 1948 a 1980, mediante o estudo das contribuições dos físicos J. Leite Lopes, T. Maris e J. A. Swieca. A tese parte da análise das pesquisas científicas universitárias realizadas por esses físicos, com base na EDQ (renormalizada, a partir de 1948), que deram suporte à física e às ciências correlatas. Destacando os contextos científico, social, econômico e político, é feito um esboço biográfico dos físicos protagonistas citados, localizando-os nesses contextos em que eles atuaram. O foco da narrativa está concentrado na evolução das pesquisas em TQC direcionadas para a prática e o desenvolvimento da EDQ no Brasil, e as consequentes pesquisas que foram norteadas por essa EDQ, principalmente quando do propósito de aplicá-la, também, a outra interação fundamental de partículas, que não a eletromagnética, tal como para a interação fraca. Para tal, o Brasil contou, já no início da década de 1950, com o suporte intelectual e presencial de um dos criadores da EDQ, o físico R. P. Feynman, que por várias vezes visitou as nossas instituições de ensino e pesquisa, a exemplo do CBPF e do ITA. Posteriormente segue-se com as análises de motivações, convites e efetivas contribuições inerentes aos físicos protagonistas, culminando, portanto, com um significativo entendimento da formação, em seus primeiros e próximos passos, dos grupos de pesquisa no CBPF, USP, UFRGS e PUC direcionados para o desenvolvimento da TQC pelo formalismo conceitual da EDQ, com ênfase nos conteúdos de simetria e quebra espontânea de simetria, que efetivamente teve uma contribuição brasileira em solo pátrio ou estrangeiro, seja realizado por físicos brasileiros natos ou não, ou por físico estrangeiro, atuando em universidade brasileira.