Banca de DEFESA: ANDRE CARNEIRO DE MELO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDRE CARNEIRO DE MELO
DATA : 25/03/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala da Equipe de Educação Ambiental - UEFS
TÍTULO:

BIODIVERSIDADE: NARRATIVAS, DIÁLOGOS E ENTRELAÇAMENTO DE SABERES DA COMUNIDADE/ESCOLA EM UM TERRITÓRIO QUILOMBOLA DO SEMIÁRIDO BAIANO


PALAVRAS-CHAVES:

Ecologia de Saberes; Memória Biocultural; Educação Quilombola


PÁGINAS: 100
RESUMO:

O principal objetivo desta tese é identificar e valorizar outros modos de pensar e estar
no mundo, que leve em consideração o espaço de possibilidades que dinamizam a
ligação dos seres humanos em processos simbióticos com a biodiversidade, assinalando
o significado e as formas que ensino de ciências/biologia pode assumir no contexto da
singularidade territorial quilombola de Barreiros de Itaguaçu/BA. O desafio proposto na
presente tese se fundamenta também na articulação entre a educação quilombola e o
ensino de ciências/biologia e, para isso, considera-se a necessidade de se pensar a
educação quilombola com base nos contextos de uso de território, na apropriação da
natureza, na etnicidade, nos saberes da biodiversidade e da memória biocultural
presentes nas narrativas dos sujeitos, pois esses elementos constituem na vivência
cotidiana daqueles que habitam as comunidades quilombolas e devem ser articulados ao
ensino de ciências no intuito de construir metodologias que proporcionem
aprendizagens tendo como ponto de partida o diálogo entre saberes. Essas relações vão
além daquelas que o saber formal, com suas dicotomias e sua necessidade de ordem,
percebe e aceita como existente. A pesquisa de campo utilizou-se de entrevistas
semiestruturadas, observações participantes, análises de documentos, rodas de conversa,
registros fotográficos e anotações em diário de campo. Articulo uma perspectiva de
investigação decolonial e vislumbro a possibilidade de entender a biodiversidade
somada a uma produção cultural regional dos territórios, valorizando a cultura material
e imaterial das comunidades locais e demostrando que a biodiversidade não é apenas
um produto da natureza, mas é também produto da ação das sociedades e culturas
humanas, em particular, das sociedades tradicionais. É a partir desse quadro analítico
que sustento nesta tese que a biodiversidade pertence tanto ao domínio natural quanto
cultural e considero importante chamar a atenção aqui que é esse universo biocultural,
enquanto conhecimento, que permite às comunidades pertencentes aos territórios
quilombolas entendê-la, representá-la mentalmente, manuseá-la.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 909.409.897-00 - MARCO ANTÔNIO LEANDRO BARZANO - UEFS
Interno - 567.815.045-68 - CLAUDIA DE ALENCAR SERRA E SEPULVEDA - UEFS
Interno - 2920919 - BARBARA CARINE SOARES PINHEIRO
Externo à Instituição - CELSO SANCHEZ - UNIRIO
Externo à Instituição - DINALVA DE JESUS SANTANA MACÊDO - UNEB
Notícia cadastrada em: 20/02/2019 13:48
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