PPGLITCULT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E CULTURA (PPGLITCULT) INSTITUTO DE LETRAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: MURILLO CESAR DA SILVA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MURILLO CESAR DA SILVA SILVA
DATA : 25/08/2020
HORA: 14:00
LOCAL: via skipe
TÍTULO:

Quando eu me encontrava preso: a narrativa lítero-autobiografemática de Caetano Veloso


PALAVRAS-CHAVES:

Autobiografema; Espaço Biográfico; Música Popular Brasieira; Verdade Tropical


PÁGINAS: 197
RESUMO:

A presente tese, baseada em metodologia qualitativa de caráter bibliográfico, tem como finalidade analisar, na narrativa “Narciso em férias” (p. 349-402), que compõe a terceira parte da obra Verdade tropical (2017), o discurso do cantor e compositor santamarense Caetano Veloso (1942-). A construção do referido texto de perfil autobiográfico, concebido na hibridez de gêneros, projeta-se a partir de um tratamento especial dado à linguagem, valendo-se de recursos estilísticos que conferem à narrativa status literário. Para o desenvolvimento da trama – a prisão ocorrida em dezembro de 1968, ao lado do também cantor e compositor Gilberto Gil (1942-) –, a entidade real, Caetano Veloso, ao instituir um narrador funcionando em 1ª pessoa, fazendo-se personagem de si, adota, como impulso narrativo, um “autobiografema”: a dificuldade com o sono, fazendo emergir dos textos de gêneros diversos, que constituem a obra em questão, uma narrativa que, sob a dominância da função poética da linguagem, proporciona ao leitor experienciar – no universo escritural – os horrores do clima tensivo da ditadura militar brasileira. Para a composição do corpus teórico principal, selecionamos os seguintes autores e as respectivas obras: Anna Caballé, Figuras de la autobiografía (1987); Elizabeth Bruss, Actos literarios (1991 [1976]); José Amícola, La autobiografía como autofiguración: estrategias discursivas del Yo y cuestiones de género (2007); Leonor Arfuch, O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea (2002); Néstor García Canclini, Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade (2003); Philippe Lejeune, O pacto autobiográfico: de Rousseau à internet (2014) e Roland Barthes, A câmara clara (1984 [1980]) e Sade, Fourier, Loyola (1990 [1971]). Com as discussões provenientes da seleção em destaque, buscamos situar Verdade tropical no contexto cultural contemporâneo e, como resultado de nossa pesquisa, evidenciar a existência de mais uma possibilidade de leitura do produto estético do artista tropicaliano: a narrativa lítero-autobiografemática.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1145276 - IGOR ROSSONI
Interno - 1544483 - LUCIENE ALMEIDA DE AZEVEDO
Interno - 1476232 - MARLENE HOLZHAUSEN
Externo à Instituição - HUMBERTO LUIZ LIMA DE OLIVEIRA - UEFS
Externo à Instituição - URBANO CAVALCANTE DA SILVA FILHO
Notícia cadastrada em: 04/08/2020 08:31
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