PPGLITCULT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E CULTURA (PPGLITCULT) INSTITUTO DE LETRAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: BRUNO MARISTON PASSOS BARRETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRUNO MARISTON PASSOS BARRETO
DATA : 19/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: SALA DE DEFESAS DA PÓS
TÍTULO:

Facção Falada: Escrevivências de Masculinidades negras Soteropolitanas em Baco Exu do Blues


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Exuzilhar; rap; masculinidades negras;


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Neste podcast-dissertação, intitulado Facção Falada: Escrevivências de Masculinidades
negras Soteropolitanas em Baco Exu do Blues, exuzilhei caminhos possíveis de leitura das
representações de homens negros nas letras do rap soteropolitano contemporâneo. Para tal,
precisei fazer dialogar a minha compreensão sobre ser um homem negro de periferia e um
professor com uma formação numa área tão dura como a Teoria da Literatura com as
representações de outros homens negros de periferia acionadas nas letras de Baco Exu do
Blues buscando cartografar as regularidades discursivas (FOUCAULT, 1996) escreviventes
(EVARISTO, 2010). Compreendendo o rap como escrevivente e, portanto, um dos veículos
capazes de exprimir as enunciações coletivas das experiências negras no Brasil, penso que ele
é, também, um instrumento de luta antirracista, pela sua capacidade de organizar
intelectualidades negras no processo de Letramentos de Reexistência (SOUZA, 2009), ou seja,
possibilita a autogestão subjetiva de pessoas continuamente subalternizadas. Este trabalho não
desejava ficar aprisionado nos muros traçados pelas páginas brancas, por isso, o gênero
textual podcast foi o método utilizado para que se pudesse ampliar o acesso e a co-produção
de saberes, em oposição às lógicas acadêmicas perpetuadas pela branquitude que restringem o
conhecimento como forma de controle do poder e manutenção racismo nas universidades
brasileiras. Portanto, essa trabalho reúne um corpus dissidente contra o racismo institucional
que limita as possibilidades dos homens negros estudarem e, por consequência, nos
impossibilita de sonhar; as lógicas escravocratas e genocidas às quais nossos corpos estão
condicionados; e a falta de comunicação, gesto ancestral do nosso povo, que nos foi retirada
pelas lógicas racistas que interferem nas nossas vidas, limitando nossos afetos e nos
destruindo enquanto sujeitos e, por conseguinte, as nossas famílias e comunidades. Ao gravar
o podcast, quis tornar audível a voz de um preto que sobrevive e sobreviveu, apesar de tudo e
quis também dizer aos meus irmãos que precisamos mais que sobreviver. Na construção deste
estudo trouxemos como operadores teóricos: AGAMBEN (2016), AKOTIRENE (2018),
ALMEIDA (2018), BAIA (2011), BARTHES (1988), CEVASCO (2003), DAVIS (2016)
DELEUZE (2014), DELEUZE; GUATARRI (1995, 2000), DRAVET (2015), EVARISTO
(2010), FANON (2008), FONSECA (2010), FOUCAULT (1987), Flow Podcast (2022)
HALL (1999, 2003), hooks (1995, 2013, 2018, 2019, 2020), MBEMBE (2018), Não
Inviabilize – Um laboratório de histórias reais (2022), OLIVEIRA (2014), Inédita Pamonha
(2022), PEREIRA (2021), PINHO (2019), PODCIRO! PodCiro! (2022), Podpah (2022) Roda
Viva (2022), RODRIGUEZ (2018), SOUZA (2009), SOUZA, D. B. DE; (2019), SOUZA,
(2011, 2018, 2019), WEST (1999) e WILLIAM (2019).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3365799 - LIVIA MARIA NATALIA DE SOUZA SANTOS
Externa ao Programa - 1818425 - ANA LUCIA SILVA SOUZA - UFBAExterno à Instituição - JORGE AUGUSTO DE JESUS SILVA
Notícia cadastrada em: 16/12/2022 17:13
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