Banca de DEFESA: ILMA TELES DE MENEZES DA LUZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ILMA TELES DE MENEZES DA LUZ
DATA : 12/01/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Plataforma Meet
TÍTULO:

O PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO - (PLAc) EM CARTOGRAFIAS CRÍTICAS MULTILÍNGUES: REPERTÓRIOS DE REFUGIADOS E IMIGRANTES COMPULSÓRIOS EM SALVADOR


PALAVRAS-CHAVES:

Português Língua de Acolhimento – (PLAc). Imigração Compulsória.
Refúgio


PÁGINAS: 127
RESUMO:

O Brasil tem sido o destino de milhares de pessoas em situação de refúgio e de deslocamento
compulsório nos últimos anos, devido a graves violações de direitos humanos provenientes de
guerras, instabilidades econômicas, desastres ambientais, perseguições políticas, religiosas,
entre outros. Os novos fluxos migratórios (BAENINGER, 2018) alteraram a rota tradicional
Sul-Norte para o eixo Sul-Sul. A cidade de Salvador, capital da Bahia, apesar de não estar
localizada na região de fronteira, tem recebido um contingente significativo de refugiados e
imigrantes compulsórios, muitos deles devido ao programa de interiorização do Governo
Federal, apoiado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Esta
dissertação tem por objetivo compreender o processo imigratório em Salvador, visibilizar os
seus protagonistas, verificar como eles vivem, quais as características socioculturais
apresentam e como constroem os seus repertórios linguísticos. Além disso, busca-se saber de
que forma o Português como Língua de Acolhimento em contextos multilíngues e
multiculturais pode ser uma ferramenta intercultural eficaz para a integração e inclusão social
de migrantes na sociedade soteropolitana. Este estudo tem os seus fundamentos ancorados na
área da Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPES, 2006) e Transgressiva
(PENNYCOOK, 2006), bem como nas epistemologias freirianas das Pedagogias do Oprimido
e da Autonomia (FREIRE, 1998;1997) e da Educação Linguística Ampliada (CAVALCANTI,
2013). O referencial teórico para os estudos do Português como Língua de Acolhimento está
lastreado em (GROSSO, 2010; AMADO, 2011; BIZON, 2013; LOPEZ, 2016; SÃO
BERNARDO, 2016; ANUNCIAÇÃO, 2018; DINIZ; NEVES, 2018). A metodologia tem
abordagem qualitativa-interpretativista (DENZIN e LINCON, 2006; BORTONI-RICARDO,
2008) e de viés etnográfico (ERICKSON, 1981; LÜDKE E ANDRÉ, 1996). Foram utilizados
instrumentos para coleta, geração e análise de dados, e os respectivos resultados apontaram a
relevância do acesso a língua portuguesa como dispositivo de emancipação e autonomia para
migrantes compulsórios; ausências de políticas linguísticas e públicas institucionalizadas e
articuladas ao arcabouço jurídico para o contexto das migrações transnacionais. Portanto, esta
pesquisa exerceu o seu papel acadêmico e social no sentido de contribuir para implantação de
uma política de estado com interconexões nas estruturas das esferas federais, estaduais e
municipais, a fim de inserir dignamente pessoas em situação de indigência moral e
vulnerabilidade migratória, agravadas pela crise sanitária mundial do covid-19 e da grave crise
política e econômica que devasta o país.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2331858 - MARIA CRISTINA VIEIRA DE FIGUEIREDO SILVA
Interna - 233.648.905-87 - TEREZINHA OLIVEIRA SANTOS - UFOB
Externa à Instituição - LETÍCIA TELLES DA CRUZ - UNEB
Notícia cadastrada em: 20/12/2021 18:57
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