Emojis: território imaginado da negritude
Emojis; Negritude; Corporeidade; Escalonamento de cores
A contemporaneidade exige cada vez mais mudanças na forma como lidamos com a linguagem e discutir como a língua, a cultura e os discursos vêm sendo representados nesse universo digital é primordial. E é por pensar sobre como o corpo negro é lido nessas interações que uma discussão sobre o papel dos emojis na representação identitária do povo preto faz-se necessária e em tempo. Com o objetivo principal de conhecer a maneira como são configuradas as representações identitárias da pretitude nos emojis do whatsapp que essa pesquisa pensa a regência dos componentes hierárquicos que transitam e se fundem às questões de identidades e representações presentes e potencializadas nessas interações. O corpus compõe-se de 21 participantes, as/os/ quais são alunes e ex-alunes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que participam do grupo do facebook privado UFBA, disponível em www.facebook.com/groups/165870313483419/?ref=share, com 43 mil membros. A metodologia adotada situa-se na pesquisa qualitativa interpretativista e tem como instrumentos a aplicação questionário étnico-social e o envio de um print da tela dos emojis mais utilizados nas interações comunicativas do whatsapp. O referencial teórico busca reconhecer que o cânone está sempre em construção e visa ampliar a decolonização epistemológica amparada em discussões a partir de Stuart Hall (2010, 2016), bell hooks (2014, 2019), Lélia Gonzalez (1988), Spivak (2018), Maria Aparecida Silva Bento (2012), Gabriel Nascimentos (2019), entre outros aportes teóricos. Os resultados indicam o modo como a regularização dos corpos, a construção de modelos de transitoriedades nos espaços virtuais de interação e a reencenação da colonialidade a partir dos lugares que a/o negra/o é convocada/o a estar e a sair tornam-se os organizadores das corporeidades nesse espaço virtual.