O gênero gramatical feminino do português brasileiro: estudos morfológicos e sociais
Gênero feminino. Sociolinguística Variacionista. Dialetologia. Geolinguística. Projeto ALiB.
Para a qualificação desta tese de doutorado são apresentados os resultados preliminares dos dados referentes às regiões Nordeste e Sudeste do Brasil no que se refere ao gênero feminino dos vocábulos ladrão, chefe, alemão e presidente, assim como identificam as formas utilizadas para os conceitos ‘mulher que rouba’, ‘mulher que chefia’, ‘mulher que nasce na Alemanha’ e ‘mulher na presidência’. O corpus foi constituído por gravações de fala em áudio, recolhidas in loco, com base no Questionário Morfossintático do Projeto Atlas Linguístico do Brasil - Projeto ALiB (COMITÊ NACIONAL, 2001), a informantes que atendem a critérios que contemplam a naturalidade e a residência na própria cidade nas localidades selecionadas. Neste momento, totalizaram-se 680 informantes, sendo 344 da região Nordeste e 336 da região Sudeste em 158 localidades da rede de pontos da pesquisa, sendo 78 localidades na região Nordeste e 80 localidades na região Sudeste. Os informantes foram distribuídos segundo as variáveis sociais diatopia, sexo, faixa etária (faixa I: 18-30 anos e faixa II: 50-65 anos) e nível de escolaridade (fundamental e universitário), este último apenas nas capitais. Assim essas variáveis foram controladas a fim de se proceder a uma análise sociolinguística do fenômeno. Além da análise dos dados encontrados, realiza-se uma discussão teórica acerca da categoria gramatical de gênero e seu estabelecimento como processo morfológico flexional e do gênero sob o ponto de visto histórico-social. A pesquisa é embasada nos princípios teórico-metodológicos da Dialetologia, da Geolinguística Pluridimensional e da Sociolinguística Variacionista.