Banca de DEFESA: JAILMA DA GUARDA ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JAILMA DA GUARDA ALMEIDA
DATA : 24/04/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Instituto de Letras
TÍTULO:

O /S/ EM CODA SILÁBICA NO PORTUGUÊS FALADO NAS COMUNIDADES RURAIS AFRO-BRASILEIRAS DE CINZENTO-BA E SAPÉ-BA: UMA ANÁLISE SOCIOLINGUÍSTICA


PALAVRAS-CHAVES:

Sociolinguística variacionista; português afro-brasileiro; coda silábica; consoantes fricativas


PÁGINAS: 133
RESUMO:

O presente trabalho propõe-se a analisar o /S/ em coda silábica nas comunidades afrobrasileiras de Sapé-Ba e Cinzento-Ba, com base nos princípios teóricos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]). A hipótese que rege esta pesquisa é a de que, por conta de sua formação histórica, as comunidades apresentam especificidades no que tange ao fenômeno estudado quando comparadas a outras variedades do português brasileiro que não possuem a história sociolinguística das comunidades de fala afro-brasileira. Para este trabalho, foram analisadas 1200 ocorrências de /S/ em coda silábica na comunidade de Sapé e 1200 em Cinzento, totalizando 2400 dados. As entrevistas analisadas fazem parte do Acervo de Fala do Português Afro-Brasileiro do Estado da Bahia, coletadas pelo Projeto Vertentes (UFBA). Os dados foram extraídos da fala informal de seis homens e seis mulheres, em cada comunidade, sem ou com até cinco anos escolarização, naturais das localidades indicadas, escolhidos aleatoriamente de acordo com três faixas etárias: faixa I, de 20 a 40 anos; faixa II, de 41 a 60 anos e faixa III, mais de 60. As ocorrências foram submetidas à análise estatística multivariada pelo programa Goldvarb X. Os resultados mostram que a realização alveolar, de maneira geral, tanto em Sapé quanto em Cinzento, é mais usada pelos falantes da faixa etária I, enquanto o apagamento é mais utilizado pelos falantes da faixa etária III. A realização palatal ocorreu, sobretudo, na comunidade de Sapé e se concentrou em interior de vocábulo. A aspiração ocorreu em interior de vocábulo e em final de vocábulo seguido de consoante. Conclui-se, então, que há nas comunidades um quadro de mudança em progresso nos termos de Labov (2008 [1972]), visto que os falantes mais idosos de ambas as comunidades são os que mais apagam a consoante, em contraposição aos falantes da faixa etária I, que lideram a implementação da variante considerada padrão.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 001.893.835-34 - JACYRA ANDRADE MOTA - UFRJ
Interno - 3499846 - GREDSON DOS SANTOS
Externo ao Programa - 022.735.475-36 - MANUELE BANDEIRA DE ANDRADE LIMA - UNILAB
Notícia cadastrada em: 12/04/2019 16:05
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