Banca de QUALIFICAÇÃO: JAQUELINE SANTOS DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JAQUELINE SANTOS DE SOUZA
DATA : 10/02/2023
HORA: 14:30
LOCAL: RNP
TÍTULO:

DIÁLOGOS E(M) FORMAÇÃO DOCENTE: DECOLONIALIDADE E ENSINO DE INGLÊS NA ESCOLA PÚBLICA

PALAVRAS-CHAVES:

Decolonialidade; Formação Docente Continuada; Língua Inglesa;
Escola Pública; Crenças

PÁGINAS: 128
RESUMO:

A língua não é apenas ferramenta de diálogo, mas instrumento de expansão, domínio e
poder. É também dispositivo de insurgência, para que através dela possamos existir,
resistir, reexistir e não mais sermos excluídas/os ou sub-representadas/os. Lecionar
inglês, uma língua ancorada em bases imperialistas (PEREIRA, 2019), objetivando
decolonizar o ensino, consiste em um grande desafio. Em um contexto no qual estão em
jogo língua, linguagens e educação, o aspecto político é inevitável, sendo assim, a
neutralidade obviamente é nula (FREIRE, 2001; 2007), logo, ao propor o diálogo Sul-Sul
(SOUSA SANTOS, 2011; 2019) e, especificamente, nesta pesquisa, apontar nossa
bússola para o Nordeste é demanda urgente. É constante perceber que o ensino de língua
inglesa, no âmbito das escolas públicas, costuma ser reduzido a aplicação de regras,
estruturas gramaticais e noções de vocabulário de modo acrítico (SIQUEIRA, 2011).
Todavia, atender estudantes de escolas públicas que, em sua maioria, é composta por
jovens negras e negros de classes populares, alvos das mais diversas formas de opressão,
é um fato que confere às/aos docentes um compromisso ético e sociopolítico amparado
por bases legais (SOUZA, 2022), na tentativa de alcançar temas, não somente que
determinados materiais didáticos invisibilizam, mas também o de espelhar contextos nos
quais as salas de aula estão imersas. As discussões pertinentes ao campo da linguística
aplicada crítica (MUNIZ, 2016) juntamente aos estudos decoloniais subsidiam este
estudo, cujo objeto de pesquisa – a formação docente continuada – pautou-se em diálogos
com professoras/es da educação básica, visando a desconstrução de crenças acerca do
ensino de inglês. Mediante divulgação via online foram recebidas 120 inscrições, dentre
as quais, 40 docentes de língua inglesa, em atuação na rede pública da Bahia, interagiram
remotamente e, por meio de atividades síncronas e assíncronas possibilitou-se que o
levantamento dos corpora fosse realizado em consonância aos pressupostos
metodológicos da netnografia (KOZINETS, 2014). Essa pesquisa-participante de
natureza qualitativa pretende rediscutir conceitos e ideias pré-concebidas a respeito de
lecionar inglês, tendo em vista nos questionar acerca de quais caminhos pretendemos
percorrer à luz das abordagens decoloniais, a fim de que seja possível nordestear o ensino
de língua inglesa nas escolas públicas baianas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1857214 - JULIO NEVES PEREIRA
Interna - 1748601 - FERNANDA MOTA PEREIRA
Externa à Instituição - GLENDA MELO - UNIRIO