Banca de QUALIFICAÇÃO: JURENE VELOSO DOS SANTOS OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JURENE VELOSO DOS SANTOS OLIVEIRA
DATA : 07/12/2022
HORA: 10:00
LOCAL: online
TÍTULO:

TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA PÚBLICA

PALAVRAS-CHAVES:

Ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa; Tecnologias digitais; Ensino
remoto emergencial; Projeto de Letramento.

PÁGINAS: 158
RESUMO:

Nesta pesquisa, ainda em desenvolvimento, tenho como objetivo principal desenvolver um
projeto de letramento, de forma colaborativa, que contribua para pensar no funcionamento das
aprendizagens de Língua Portuguesa em articulação com tecnologias digitais na educação
básica do ensino público. Metodologicamente, trata-se de um estudo de abordagem
qualitativo-interpretativista (MOITA LOPES, 1994), do tipo pesquisa-ação-reflexão
(THIOLLENT, 2011), no qual procuro construir e desenvolver um projeto de letramento
(KLEIMAN, 2008), de forma colaborativa. A pesquisa é especialmente autoetnográfica
(VERSIANI, 2002; PARDO, 2019), uma vez que busco trazer reflexões acerca de minha
própria prática enquanto professora que pesquisa, ou pesquisadora que ensina. O campo
teórico deste estudo é alicerçado em autores que discutem as tecnologias digitais em contexto
de ensino e aprendizagem. Neste, a exemplo, trago discussões em torno da cibercultura
(LEMOS, 2010; LEVY, 2010; CUNHA, 2012), a qual possibilita comunicações e interações
em meios sociais diversos. Com base em Kleiman (1995, 2000, 2007, 2008), Street (2010,
2014) e Marins-Costa (2016) trato dos estudos dos letramentos (sobretudo os críticos), que
apoiam o desenvolvimento deste estudo. O conceito de multiletramentos também é essencial
para o enquadramento das questões aqui apresentadas, por isso a escolha em trazer as
discussões de Cazden et al. (1996), Rojo (2009, 2013), Cope; Kalantzis (2000, 2013),
Kalantzis; Cope; Pinheiro (2020). Ao abordar a multimodalidade e as tecnologias digitais na
educação, os conhecimentos de Silva (2015, 2019), Sancho-Gil (2016), Ribeiro (2016, 2019,
2020, 2021), Coscarelli (1999), dentre outros autores, são basilares. Cupani (2014, 2017,
2021) traz concepções a respeito da filosofia das tecnologias, o que nos ajuda a compreendê-
la epistemicamente. A respeito dos diversos tipos de letramentos necessários em uma
sociedade cibercultural, recorro a Dudeney, Hockly e Pegrum (2016). A pesquisa de campo
foi estruturada em três fases: a) na primeira, já realizada, dez professores de Língua
Portuguesa e trinta estudantes de uma turma de ensino médio de uma escola pública da rede
estadual de Feira de Santana(Ba) responderam a questionários que traziam perguntas a
respeito de suas percepções e experiências com as tecnologias digitais no ensino e na
aprendizagem, antes, durante e após o Ensino Remoto Emergencial (ERE); b) na segunda
fase, ora em desenvolvimento, estou implementando uma intervenção, no formato de oficinas
(com base em leitura, escrita e tecnologias), que parte de um trabalho colaborativo, em
articulação com os resultados encontrados na etapa anterior; c) na 3ª e última fase, cuidarei
das análises referentes aos dados produzidos durante as aludidas oficinas, tecendo diálogo
com os demais dados gerados na 1ª etapa. Considero, a partir dos resultados encontrados,
ainda parciais, que é cada vez mais urgente ressignificar as ações no que diz respeito à relação
ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa, a fim de que seja direcionada para uma
perspectiva especialmente discursiva (KLEIMAN; VIEIRA, 2006; SILVA, 2019). Nesse
caminho, a articulação entre projetos de letramentos e as tecnologias digitais pode ser inserida
na metodologia dos professores de Língua Portuguesa na educação básica, sendo importante
identificar, a priori, as necessidades dos atores envolvidos, dando-lhes espaço para tecerem
reflexões e se fazerem ouvir.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1551106 - SIMONE BUENO BORGES DA SILVA
Interno - 1857214 - JULIO NEVES PEREIRA
Externa à Instituição - ANA ELISA RIBEIRO