PMPGCF PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS (PMPGCF) INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: CAMILA DUTRA BARBOSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAMILA DUTRA BARBOSA
DATA : 16/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/aoe-rkxg-cch
TÍTULO:

Avaliação do papel da serotonina na resposta de macrófagos murinos inoculados com Staphylococcus aureus e Escherichia coli


PALAVRAS-CHAVES:

5-HT, Serotonina, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, in vivo, in vitro 


PÁGINAS: 70
RESUMO:

A Serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT) modula respostas imunológicas em células imunes, sendo que essa ação ocorre por meio do sistema serotoninérgico. Este neurotransmissor monoaminérgico atua sobre as células imunes, coordenando as respostas imunológicas de macrófagos, células Natural killer (NK), células dendríticas e linfócitos, seja inibindo-as ou estimulando-as. Esse papel imunomodulador ocorre principalmente em células com ação pró-inflamatória, porém não são conhecidos os efeitos da 5-HT especificamente sobre diferentes estímulos imunes, em tecidos específicos. Com isso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da 5-HT, na resposta imunológica induzida por inoculação de Staphylococcus aureus e Escherichia coli, em cultura de macrófagos peritoneais e esplênicos de camundongos tratados ou não com a serotonina. Para isso, foram utilizados camundongos da linhagem C57BL6. O primeiro grupo foi o de animais tratados com 5-HT in vivo, onde os camundongos passaram por uma cirurgia intracerebroventricular (ICV). O segundo grupo de animais sham, realizou a cirurgia ICV, no entanto, foi administrado apenas ácido ascórbico 0,1% (veículo). Após a cirurgia, os macrófagos peritoneais e esplênicos foram extraídos dos animais e seguiram para incubação durante 24 horas. O grupo sham foi dividido em dois subgrupos: macrófagos tratados com 5-HT in vitro e os macrófagos não tratados. Os macrófagos tratados in vitro receberam diferentes dosagens de 5-HT (10-3 M, 10-6 Me 10-8 M) e foram novamente incubados por 24 horas, enquanto o subgrupo de macrófagos não tratados não passou por nenhum tipo de contado com 5-HT. Após o período de respectiva incubação, os macrófagos tratados in vivo, in vitro e os não tratados foram infectados com E. coli e S. aureus, LPS (controle positivo) ou salina (controle negativo) e incubados novamente por 3 horas. Após a coleta, foi realizado a expressão gênica das citocinas TNF-α, IL-1β, IL-6 nas células, bem como a dosagem de espécies reativas de oxigênio e de óxido nítrico do sobrenadante. De maneira geral, macrófagos obtidos de animais tratado in vivo com 5-HT e macrófagos tratados in vitro com 10-3 M e 10-6 M de 5-HT apresentaram menores expressões de marcadores inflamatórios quando comparado com macrófagos sem nenhum tipo de tratamento, principalmente para as infecções utilizando E. coli e S. aureus. O mesmo efeito não foi observado com o tratamento in vitro utilizando 10-8 M de 5-HT. Portanto, os resultados do presente estudo nos levam a conclusão que esse hormônio pode estar envolvido na inibição de componentes que regulam a inflamação, de maneira dose dependente e de acordo ao tipo de infecção ao qual este estiver exposto. Além disso, a serotonina também pode ser utilizada futuramente como um agente terapêutico no tratamento de doenças inflamatórias. No entanto, mais estudos necessitam ser realizados para avaliar aprofundadamente os mecanismos envolvidos nesse processo.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1552395 - TELMA DE JESUS SOARES
Interno - 1561874 - LUCAS MIRANDA MARQUES
Externo ao Programa - 2315391 - FABRICIO FREIRE DE MELO - UFBA
Notícia cadastrada em: 08/12/2022 08:21
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