PPGBIOEVO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE E EVOLUÇÃO (PPGBIOEVO) INSTITUTO DE BIOLOGIA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: MARIANE AMORIM ROCHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANE AMORIM ROCHA
DATA : 09/02/2023
HORA: 13:30
LOCAL: https://calendar.google.com/calendar/event?action=TEMPLATE&tmeid=MWRrc2tiM25wNHQydGY4M21ia3VzY3ZpanI
TÍTULO:

Taxonomia e estrutura da assembleia de Rotifera em ecossistemas costeiros de setor metropolitano de Salvador (BA)


PALAVRAS-CHAVES:

Rotifera límnico, Rotifera marinho, Distribuição Espacial e Sazonal, Ecologia, Brasil


PÁGINAS: 186
RESUMO:

Ecossistemas costeiros compreendem ambientes ecologicamente muito distintos, incluindo desde restingas e lagoas a comunidades coralíneas. Além da complexidade e diversidade das comunidades naturais, esses ecossistemas processam fluxo de nutrientes, sedimentos e água, fornecendo também uma ampla gama de serviços ecossistêmicos. Estudos taxonômicos e ecológicos sobre Rotifera em ecossistemas costeiros no Brasil são escassos. Portanto, nesta tese são apresentadas cinco abordagens independentes sobre a assembleia de Rotifera, a saber: uma revisão de literatura (Capítulo I), três sobre as assembleias de lagoas costeiras em habitats de restinga (Capítulos II, III e IV – complexo de dunas e lagoas costeiras do Sistema Abaeté, BA) e o último referente aos rotíferos em comunidades coralíneas (Capítulo V – Baía de Todos-os-Santos, BA). O Capítulo I descreve uma ampla revisão sobre Rotifera e as forças ambientais que afetam o grupo em ecossistemas límnicos. O Capítulo II tem foco sobre a assembleia de Rotifera em 11 lagoas costeiras e envolve uma análise dos parâmetros bióticos e abióticos sobre a estrutura do grupo, e padrões espaciais e sazonais. Neste verificou-se que a heterogeneidade espacial e sazonal não afeta significativamente a abundância e biomassa de Rotifera. Por outro lado, a diversidade (H’) e a equitabilidade (J’) apresentaram padrões distintos: H’ variou significativamente com a distribuição espacial e sazonal enquanto que J’ divergiu apenas na distribuição espacial. A nMDS (Escalonamento multidimensional não-métrico) revelou uma tendência no agrupamento espacial. Entre as variáveis apresentadas pela RDA (Redundancy analysis), nitrato, nitrito e fosfato foram nutrientes que mais influenciaram a estrutura da assembleia. O Capítulo III tem por objetivo a descrição de uma nova espécie de Lecane, incluido uma caracterização ecológica das lagoas do Sistema Abaeté e dados do ambiente intersticial da zona hipolêntica (em até 30 cm de profundidade). A última espécie de Lecane, gênero abundante e geralmente associado às macrófitas aquáticas, foi descrita no país a mais de duas décadas. Assim, o escopo alcançado pelas análises contribui para o conhecimento da biodiversidade dos rotíferos do Brasil. O Capítulo IV apresenta resultados da biodiversidade e distribuição espacial (profundidades e distâncias) dos rotíferos em águas intersticiais da zona hipolêntica associada a uma lagoa rasa de perfil ácido. Foram identificadas as variáveis abióticas que influenciam a distribuição local do grupo. A abundância e biomassa dos rotíferos variaram significativamente em relação à profundidade - ou seja, valores foram maiores nas faixas mais superficiais. Os maiores índices de diversidade (H’), equabilidade (J’) e menor dominância (D) foram observados a 30 cm da superfície e a 1,5 m de distância da margem da lagoa. Apenas Bdelloidea obteve índice de indicação (IndVal), tanto para profundidade quanto distância. Além disso, a estrutura da assembleia respondeu diretamente ao pH, temperatura, condutividade elétrica, N - amoniacal, nitrogênio inorgânico dissolvido e clorofila – a. Finalmente, o Capítulo V foi dedicado aos rotíferos marinhos em comunidades coralíneas na Baía de Todos-os-Santos. Foi desenvolvido um inventário das espécies bentônico-perifíticas associadas a alga, coral e esponjas. Como resultado, foram documentadas três novas ocorrências de rotíferos (2 Bdelloidea e 1 Monogononta) para a costa e duas novas ocorrências de Bdelloidea para o Oceano Atlântico. De fato, há uma enorme lacuna no conhecimento global dos rotíferos marinhos e, nenhum dado da literatura aponta para a diversidade desses organismos para o Brasil nesses ambientes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3496547 - ELIZABETH GERARDO NEVES
Externo à Instituição - SERGIO SCHWARZ DA ROCHA - UFRB
Externa à Instituição - ADRIANE PEREIRA WANDENESS - UFPE
Externa à Instituição - SIGRID NEUMANN LEITÃO - UFPE
Externo à Instituição - CIRO YOSHIO JOKO
Notícia cadastrada em: 20/04/2023 15:49
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