Assombro Vivo: Corpo que dança em suas travessias tumultuadas.
Dança. Assombro. Memórias Aterrorizantes. Guerrear ao dançar.
Esta pesquisa aposta na investigação dos assombros como ignição para o corpo que dança. Uma dança que se dá por meio de um corpo assombrado impregnado pela violência imposta pelas lógicas de controle e destruição, que atravessam o tempo e se atualizam nos corpos através de memórias também atualizadas, que reverberam na carne. As guerras são os assombros, assombros são guerras e suas memórias aterrorizantes são o que mais delineiam esta pesquisa. As guerras sanguinárias comumente conhecidas e as guerras dos tempos de hoje trazem em seu âmago a violência. O corpo que dança se assume como corpo vulnerável na intenção de convocar os assombros que o afetam e, a partir disso, problematizar de que modo o corpo guerreia ao dançar os assombros vivos na carne. A vulnerabilidade está atrelada a uma escolha de ser afetado no fazer da dança. Neste sentido, o assombro que se dá pela experienciação de uma memória, seja ela aterrorizante ou não, acontece quando materializado na carne que dança, e assim o assombro está vivo no corpo, é da natureza do vivo, também. Para fundamentar a discussão, são convocados autores que problematizam: os Corpos que dançam (BITTENCOURT, 2012; SILVA JÚNIOR, 2019; GREINER, 2019; dentre outros), os Assombros (PELBART, 2019), a Experiência (BONDÍA, 2021; BITTENCOURT, 2012), a Guerra (NEGRI & HARDT, 2005; MBEMBE, 2018; PELBART, 2019; KRENAK, 2020, dentre outros) PRECIADO, 2018; FOUCAULT, 2015, dentre outros), as Permanências (BITTENCOURT, 2005), as Imagens (BITTENCOURT, 2012), as Lógicas de controle e destruição acometidas aos corpos historicamente vulnerabilizados (VIDARTE, 2019; HAN, 2020; FOUCAULT, 1987; ROLNIK, 2018; PELBART, 2019, dentre outros). As discussões estabelecidas por meio de uma cartografia conceitual (PELBART, 2013; KASTRUP, 2007) dos assuntos elencados, são problematizadas em feituras compositivas que o próprio autor está envolvido (Valentar e Corre Bixa Corre); criadas em diálogo com a escrita da tese na intenção de problematizar os questionamentos no corpo que a tece.