Banca de QUALIFICAÇÃO: MATIAS SANTIAGO OLIVEIRA LUZ JUNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MATIAS SANTIAGO OLIVEIRA LUZ JUNIOR
DATA : 25/03/2022
HORA: 09:30
LOCAL: Sala de Videoconferência - ZOOM
TÍTULO:

AS NOÇÕES DE TRABALHO NA DANÇA EM GRUPOS, COMPANHIAS E COLETIVOS BRASILEIROS E SUAS RELAÇÕES COM AS POLÍTICAS CULTURAIS

PALAVRAS-CHAVES:

Dança; Trabalho; Grupos focais; Política Cultural

PÁGINAS: 76
RESUMO:

A investigação se configura como um processo cartográfico de grupos, companhias e coletivos brasileiros e se propõe a identificar pistas sobre a noção de trabalho enunciadas por agrupamentos artísticos bem como analisar os impactos das políticas culturais junto aos sujeitos implicados na pesquisa. Toma-se como metodologia a cartografia (PASSOS, KASTRUP, 2009), definida a partir da investigação qualitativa de caráter participativo sobre os aspectos éticos, estéticos e políticos advindos dos sujeitos envolvidos, a partir de suas experiências e também da experiência do pesquisador, dando oportunidade de que novas perspectivas surjam no decorrer da investigação que serão validadas pelas pistas construídas no processo e pela triangulação dos dados. Como aporte teórico será apresentada parte da história do trabalho social no Brasil e seus marcos legais que embasaram a consolidação das classes trabalhadoras no país, bem como os aspectos singulares deste processo de formação, as invisibilidades e as concepções que configuram uma lógica sobre o trabalho, estabelecendo sua relação com o campo da dança. Para tanto serão tratados aspectos da noção de história global do trabalho de Linden (2009), a exclusão do povo negro da história das relações sociais do trabalho no Brasil por Lara (1998), Negro e Gomes (2006), a persistência da desigualdade como elemento transversal na construção social do trabalho no Brasil por Cardoso (2019), o processo de construção das políticas culturais no Brasil de Rubim (2010), a precarização do trabalho do artista tratada por Menger (2005) e Segnini (2010), as morfologias do trabalho contemporâneo a partir de Antunes (2019), Negri e Lazzarato (2001), o mapeamento da dança realizado por Matos e Nussbaumer (2016), as tendências atuais na coreografia contemporânea nas relações de mercado, a precariedade e a ontologia do trabalho em dança por Kolb (2016), Blades (2019) e Kunst (2015). Ao final, a partir da análise da colheita de dados realizada através de encontros virtuais, serão traçados diagnósticos sobre as possíveis noções de trabalho presentes nos grupos, companhias e coletivos de dança do Brasil, identificando possíveis demandas do setor da dança enquanto classe trabalhadora, de maneira parcial a partir do estágio em que se encontra a pesquisa.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2300942 - LUCIA HELENA ALFREDI DE MATOS
Interna - 1734279 - GILSAMARA MOURA
Externo ao Programa - 2610093 - JAIR BATISTA DA SILVA
Externo à Instituição - RAFAEL GUARATO DOS SANTOS - UFG