Banca de DEFESA: LILIANE BARRETO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LILIANE BARRETO DA SILVA
DATA : 26/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório Ophelia Gaudenzi, 3º andar, do Instituto de Ciências da Saúde - ICS-UFBA
TÍTULO:

Efeitos dependentes e independentes de canais TRPV1 induzidos por capsaicina em um modelo pré-clínico de disfunção erétil associado a hipertensão.


PALAVRAS-CHAVES:

TRPV1, Capsaicina, Disfunção erétil, Hipertensão.


PÁGINAS: 79
RESUMO:

Introdução: No passado, a disfunção erétil era considerada, na maioria dos casos, um distúrbio psicogênico, mas evidências atuais sugerem que mais de 80% dos casos têm etiologia orgânica. Independente do evento precursor à doença, a disfunção erétil traz efeitos negativos nas relações interpessoais e na qualidade de vida.  É importante ressaltar que a disfunção erétil é um indicador de disfunção endotelial sistêmica e do ponto de vista clínico, muitas vezes precede eventos de disfunção cardiovascular. Recentemente, estudos mostraram uma importante correlação entre a expressão dos canais TRPV1 e a fisiopatologia da hipertensão arterial e de doenças cardiovasculares. O objetivo desse estudo foi investigar o papel funcional dos canais TRPV1 em artérias pudendas e tecido cavernoso de animais com disfunção erétil (SHR) e seus respectivos controles normotensos (Wistar). Material e Métodos: Para investigar a expressão do canal TRPV1 e de proteínas que estão alteradas na corpora cavernosa de ratos espontaneamente hipertensos foram realizados ensaios de Western Blotting. Em outro conjunto de experimentos, foram realizados ensaios de reatividade na corpora cavernosa (CC) isoladas de ratos SHR e Wistar para investigar os mecanismos de ação envolvidos na ativação destes canais. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Uso Animal - ICS / UFBA (130/2017). Resultados: Os canais TRPV1 estão expressos na corpora cavernosa de ratos Wistar e SHR. Além disso, a expressão das proteínas p-38 MAPK e AKT foi maior nos ratos hipertensos quando comparado aos seus controles normotensos. Adicionalmente, mudanças na temperatura do banho, de 37 °C para uma temperatura que ativa os canais TRPV1 (41° °C), induziram uma redução significativa no tônus contraído em ratos normotensos e hipertensos. Além disso, a co-administração cumulativa de capsaicina em combinação com a temperatura de ativação dos canais TRPV1(41° C) aumentou a resposta relaxante em comparação com curva controle. A administração cumulativa de capsaicina (0.001 ρM a 300 µM) em tiras de corpus cavernosos pré-contraídos com fenilefrina, 10 μM, induziu relaxamento nos corpos cavernosos de ratos Wistar e SHR, e a presença do antagonista competitivo dos canais TRPV1 atenuou o efeito induzido por capsaicina em ratos espontaneamente hipertensos. Além disso, a presença do inibidor da oxido nítrico sintase (L- NAME; 100 µM), guanilato ciclase solúvel, ODQ (10 µM) e proteína cinase A (KT570 1µM), reduziu o efeito relaxante induzido por capsaicina em ratos hipertensos. No entanto, KT5823 (inibidor seletivo da PKG; 1 μM) não atenuou o efeito relaxante induzido por capsaicina em ratos Wistar e SHR em comparação com a curva controle. Além disso, a capsaicina atenuou o influxo de Ca2+ de maneira concentração-dependente, nos corpos cavernosos de ratos Wistar e SHR. A resposta adrenérgica foi alterada na presença de capsaicina nos corpos cavernosos. Além disso, a administração cumulativa de capsaicina (0,1 ρM a 300µM) em anéis de artéria pudenda pré-contraídos com fenilefrina (1μM), induziu vasorrelaxamento independente do endotélio. Conclusão: Os canais TRPV1 estão expressos na corpora cavernosa de ratos Wistar e SHR, e sua ativação térmica e química é capaz de relaxar esses tecidos. Além disso, foi observada maior sensibilidade dos canais TRPV1 na corpora cavernosa de ratos hipertensos em comparação com ratos normotensos. O efeito relaxante induzido por capsaicina envolve a ativação da oxido nítrico sintase, guanilato ciclase solúvel e PKA. Curiosamente, foi observada maior sensibilidade dos canais TRPV1 corpora cavernosa de ratos hipertensos em comparação com ratos normotensos, sugerindo que a ativação destes canais pode ser uma estratégia promissora para o tratamento da DE associada à hipertensão.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1528081 - DARIZY FLAVIA SILVA AMORIM DE VASCONCELOS
Interno - 1881297 - DENIS DE MELO SOARES
Externa ao Programa - 3321538 - QUIARA LOVATTI ALVES - UFBAExterna ao Programa - 2418292 - SAMIRA ITANA DE SOUZA - UFBAExterna à Instituição - ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 26/08/2024 15:34
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