Banca de DEFESA: RODRIGO GOTTSCHALK SUKERMAN BARRETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RODRIGO GOTTSCHALK SUKERMAN BARRETO
DATA : 25/11/2019
HORA: 09:00
LOCAL: PPGF, Sala 02
TÍTULO:

O silenciamento como problema epistemológico


PALAVRAS-CHAVES:

Silenciamento, testemunho, injustiça epistêmica, resistência epistêmica


PÁGINAS: 109
RESUMO:

O objetivo desta dissertação é analisar o silenciamento como um problema epistemológico. Do modo como está sendo entendido neste trabalho, o silenciamento refere-se a um fenômeno comunicativo em que um emissor mantém suas palavras para si em vez de enunciá-las ao seu interlocutor. Enquanto problema linguístico, o silêncio prejudicial não é aquele derivado de uma estratégia ou deliberação  em que pretenso emissor cede a vez para que o seu interlocutor se pronuncie, pelo contrário, refere-se a um silêncio imposto em que os emissores são coagidos a não se manifestar. No que tange este problema enquanto questão epistemológica, o tipo de ato comunicativo em questão são aqueles que visam a transmitir conhecimento para outras pessoas. A partir da obra inaugural de Miranda Fricker, Epistemic Injustice: Power and Ethics of knowing (2007), foi aberto na filosofia analítica um frutífero campo de investigação acerca de como as relações sociais podem interferir negativamente nas práticas produção, manutenção e disseminação do conhecimento. Esta obra está situada no campo da epistemologia social e, portanto, concebe os agentes individuais e coletivos dentro dos contextos e dinâmicas do mundo real, considerando as estruturas sociais as quais ele está submetido – nesse sentido,  afastando-se do sujeito de conhecimento tomado em abstrato pela epistemologia clássica. Partindo destas considerações, a proposta desta dissertação é entender o papel do testemunho na vida cognitiva de outras pessoas, analisar os mecanismos epistemicamente disfuncionais que induzem determinados indivíduos e grupos a serem silenciados e, por fim, vislumbrar possibilidades de reversão desses processos através de virtudes e práticas que promovam justiça epistêmica, isto é, a abertura e inclusão de agentes marginalizados nas práticas epistêmicas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 809.725.355-00 - FELIPE ROCHA LIMA SANTOS - UFBA
Externo ao Programa - 1418569 - GIOVANNI ROLLA
Externo à Instituição - BRENO RICARDO GUIMARÃES SANTOS - UFMT
Notícia cadastrada em: 04/11/2019 12:24
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