Banca de DEFESA: LUIZ FELIPE MAGALHÃES DE MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUIZ FELIPE MAGALHÃES DE MELO
DATA : 04/07/2019
HORA: 15:00
LOCAL: PPGF-UFBA
TÍTULO:

Antropologia, morfologia e metafilosofia em Wittgenstein


PALAVRAS-CHAVES:

Antropologia. Morfologia. Metafilosofia. Spengler. Frazer.


PÁGINAS: 158
RESUMO:

O objeto desta dissertação é a dimensão filosófica e a dimensão metafilosófica das Observações sobre “O Ramo de Ouro” de Frazer (1967) de Ludwig Wittgenstein (1889-1951). As Observações correspondem a uma coleção de anotações filosóficas cuja relevância geral diante do conjunto da obra de Wittgenstein pode ser estabelecida: de um modo mais superficial, quanto à sua dimensão filosófica; e de um modo mais profundo, quanto à sua dimensão metafilosófica. Quanto à dimensão filosófica das Observações, isto é, quanto ao objeto da investigação filosófica de Wittgenstein, o texto pode ser lido enquanto uma crítica ao método antropológico empregado por J. G. Frazer (1854-1941) em sua obra-prima, a saber, O Ramo de Ouro (1890- 1915). Quanto à dimensão metafilosófica das Observações, isto é, quanto ao método da investigação filosófica de Wittgenstein, o texto pode ser lido enquanto uma apropriação do método morfológico empregado por O. A. G. Spengler (1880-1936) e uma autocrítica ao antigo método filosófico empregado por Wittgenstein em seu primeiro livro de filosofia, a saber, o Tractatus Logico-Philosophicus (1921); mas, sobretudo, enquanto exercício para o emprego de um novo método filosófico, ainda em sua condição mais elementar, o qual viria a ser aperfeiçoado durante toda a filosofia tardia de Wittgenstein e seria declarado pelo próprio filósofo como o seu maior legado filosófico. Logo, nosso objeto não diz respeito apenas à natureza filosófica da crítica de Wittgenstein à antropologia de Frazer, mas, à natureza metafilosófica da apropriação de Wittgenstein sobre a morfologia de Spengler e, sobretudo, da autocrítica à sua própria filosofia. O objetivo desta dissertação é investigar qual a relação da crítica de Wittgenstein à antropologia de Frazer e da apropriação sobre a morfologia de Spengler com o emprego de seu novo método filosófico e com suas reflexões sobre a natureza da filosofia. Em outras palavras, se trata de mostrar como a dimensão filosófica e a dimensão metafilosófica das Observações se sobrepõe uma à outra; e como podemos apreender a segunda a partir da primeira. Portanto, esta dissertação foi dividida em duas partes: a primeira, dedicada às questões externas ao texto das Observações; e a segunda, dedicada às questões internas ao texto das Observações. A primeira parte foi dividida em dois capítulos: um sobre o contexto histórico do período intermediário da filosofia de Wittgenstein e o propósito que o conduziu à redação das Observações; e outro sobre os problemas que ocorreram no processo de edição e publicação das Observações a partir do Espólio que implicam em problemas relevantes para a sua exegese. A segunda parte também foi dividida em dois capítulos: um sobre a dimensão filosófica das Observações, isto é, sobre a crítica de Wittgenstein à antropologia de Frazer; e outro sobre a dimensão metafilosófica das Observações, isto é, acerca da apropriação de Wittgenstein sobre a morfologia de Spengler e a formação de um novo método filosófico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1720854 - RAFAEL LOPES AZIZE
Interno - 614.643.505-82 - ANDRÉ LUÍS MOTA ITAPARICA - USP
Interno - 1506803 - SILVIA FAUSTINO DE ASSIS SAES
Externo à Instituição - DIOGO GURGEL - UFF
Externo à Instituição - ALEJANDRO RAÚL GONZÁLES LABALE - UFPI
Notícia cadastrada em: 09/08/2019 11:54
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