Banca de DEFESA: EDER LUIS CORDEIRO DE SANTANA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDER LUIS CORDEIRO DE SANTANA
DATA : 03/12/2021
HORA: 14:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

A nomeação como fundamento do jornalismo


PALAVRAS-CHAVES:

Nomeação. Nome. Jornalismo. Teorias do jornalismo. LGBTQIA+


PÁGINAS: 473
RESUMO:

A tese defende que a nomeação se constitui em um dos fundamentos do jornalismo. Entende se nomeação como fenômeno da linguagem responsável por dar a conhecer a respeito de objetos do discurso cruciais à produção da notícia. Logo, a nomeação está inserida na dinâmica de conhecimento estabelecida entre as palavras e as coisas (Foucault, 2016). No jornalismo, defende se neste trabalho que as palavras nomeadoras são cruciais desde o processo de elaboração da pauta à edição, pois, ao nomear, o jornalista recorre a um dos princípios basilares da sua função: a exatidão. Nesse contexto, a prática jornalística da nomeação é elaborada no processo de seleção e uso de determinados termos em detrimento de outros. Considera-se crucial nesse processo refletir sobre o jornalismo como forma de conhecimento (Park, 1972; Genro Filho, 2012; Meditsch, 1992, 1997; Sponholz, 2007, 2009) sem perder de vista seu caráter de instituição social legitimada para narrar o presente que, na atualidade, produz conhecimento em um contexto de inovação (Franciscato, 2005, 2018, 2019, 2020a, 2020b) reconhecidamente envolvo em um ecossistema pós-industrial de produção noticiosa (Anderson et al., 2013). Primeiro, um levantamento bibliográfico apresenta como diferentes áreas do saber colaboram para pensar a nomeação no discurso e seu diálogo com o jornalismo. Recorremos, inicialmente, a noção foucaultiana de nomeação como ferramenta de saber (Foucault, 2016), seguindo para a perspectiva interacionista da linguística textual e o entendimento de referenciação (Mondada, 2020; Koch, 1998, 2001, 2003, 2020). Por fim, é apresentada a concepção de presença da nova retórica na teoria da argumentação (Perelman, 2014; Breton, 2003). No âmbito metodológico, a pesquisa está ancorada na análise de conteúdo, mais precisamente na técnica da análise da coocorrência, também conhecida como análise de contingência  Krippendorff, 2004; Bauer, 2005; Bardin, 2016). A base para coleta do corpus são três jornais que aparecem, ano após ano, entre os de maior tiragem nacional: Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo e O Globo. Foram analisados 387 enunciados separados entre informativo e opinativo. A proposta foi realizar uma análise diacrônica com conteúdos publicados em diferentes momentos históricos, de 1969 a 2019. A intenção foi identificar como a nomeação de um determinado grupo social, a  comunidade LGBTQIA+, sofreu alteração ao longo de 50 anos. Entre as considerações finais está a localização de diferentes modalidades da prática jornalística da nomeação. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARCUS ANTÔNIO ASSIS LIMA - UESB
Externo à Instituição - FELIPE SIMÃO PONTES - UEPG
Externo à Instituição - CARLOS EDUARDO FRANCISCATO - UFS
Presidente - 3322476 - LIA DA FONSECA SEIXAS
Interno - 319.524.025-49 - MARCOS SILVA PALACIOS - UFBA
Notícia cadastrada em: 30/11/2021 08:34
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA