Banca de DEFESA: FRANCISCO GABRIEL DE ALMEIDA RÊGO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FRANCISCO GABRIEL DE ALMEIDA RÊGO
DATA : 30/01/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

A MISE EN SCÈNE EM QUATRO DOCUMENTÁRIOS DO COLETIVO MBYA-GUARANI DE CINEMA: MOBILIDADE E ESTABILIDADE NO ESPAÇO DA CENA

 


PALAVRAS-CHAVES:

Mise en scène, Documentário Indígena, Mbya-Guarani, Análise Fílmica. 



PÁGINAS: 229
RESUMO:

Nessa pesquisa, buscamos analisar a mise en scène em quatro documentários realizados pelo Coletivo Mbya-Guarani de Cinema, integrantes do projeto Vídeo nas Aldeias  (VNA). Pretendemos analisar os seguintes longas metragens: Duas aldeias, uma caminhada (2008), Bicicletas de Nhanderú (2011), Desterro Guarani (2011), Tava, a Casa de Pedra (2012). Por meio de uma abordagem da cinematografia e da cenografia, buscamos analisar o espaço, os dispositivos e os sujeitos presentes na cena documental. Pretendemos, dessa forma, dimensionar as estratégias encenativas presentes na mise en scène, de modo a compreender seus significados, agenciamentos e uma perspectiva política comum à filmografia estudada. Analisamos as características concernentes aos documentários, tentando compreender as especificidades das práticas cinematográficas e cenográficas em uma dialética que apontamos como fundamental para a investigação da mise en scène no documentário. Buscamos, assim, caminhar em duas abordagens analíticas acerca desse conceito: 1) uma perspectiva específica aos filmes analisados buscando compreender aspectos inerentes à cinematografia e a cenografia em cada um dos documentários; e 2) uma conceituação mais geral de modo a fundamentar o estudo do fenômeno da mise en scéne no gênero documental. Na perspectiva do corpus aqui estudado, buscamos analisar essa categoria como representativa dos aspectos etnográficos comuns aos Mbya-Guarani, capaz de nos revelar uma articulação entre aspectos significativos dessa cultura, em uma proposta que centraliza tanto os sujeitos e a coletividade por meio do registro do espaço comuns às comunidades indígenas representadas. Na perspectiva mais geral acerca do fenômeno da mise en scéne, buscamos estabelecer uma conceituação que pudesse levar em conta a historicidade dessa categoria e uma perspectiva mais ampla de modo a envolver aspectos significativos do fazer audiovisual, tal como a previsibilidade e imprevisibilidade, o diálogo com os sujeitos presentes na cena, o registro e o domínio do espaço como elementos significativos para o processo de construção do documentário. Apontamos inicialmente, como principais referências teóricas para esse projeto, posicionamentos concernentes aos campos da antropologia fílmica, dos estudos cinematográficos e da teoria documental. Como conclusão principal para essa pesquisa, apresentamos que o aspecto político do protagonismo representativo indígena estaria presente na mise en scène, por meio da constituição de uma cena em estreita relação com as características culturais e sociais dos indígenas, tendo no espaço um ponto importante de articulação dos dispositivos baseados tanto na técnica de realização documental quanto dos aspectos materiais e imateriais, englobando, por sua vez, um conjunto de dispositivos que tem por função dispor os sujeitos envolvidos naquilo que chamamos de espaço da cena, e que se estabelece, notadamente nos documentários analisados, por aspectos tradicionais, políticos e identitários comuns à cultura Mbya-Guarani.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JULIANO JOSÉ DE ARAÚJO - UNIR
Presidente - 1690228 - JOSE FRANCISCO SERAFIM
Externo à Instituição - JOSÉ CARLOS FÉLIX - UNEB
Externa à Instituição - MARIA NATALIA PEREIRA RAMOS - UAL
Externa à Instituição - SANDRA STRACCIALANO COELHO
Notícia cadastrada em: 30/01/2023 12:10
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