Banca de DEFESA: TICIA RANESSA SANTOS CAMPOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TICIA RANESSA SANTOS CAMPOS
DATA : 12/02/2025
HORA: 16:00
LOCAL: forma híbrida: ENUFBA e sala virtual
TÍTULO:

SARCOPENIA E INFLAMAÇÃO SISTÊMICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS

PALAVRAS-CHAVES:

sarcopenia; inflamação sistêmica; neoplasias hematológicas.

PÁGINAS: 84
RESUMO:

INTRODUÇÃO: As neoplasias hematológicas e o tratamento antineoplásico proporcionam diversas alterações metabólicas que levam a perda de massa muscular, aumentando o risco para sarcopenia. Dados sobre a inflamação sistêmica provocada pelo câncer associada à sarcopenia e seus preditores ainda são pouco explorados no contexto das neoplasias hematológicas. OBJETIVO: Verificar possível associação entre a inflamação sistêmica, sarcopenia e preditores de sarcopenia em pacientes hospitalizados com neoplasias hematológicas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, transversal, em pacientes adultos e idosos hospitalizados com diagnóstico de neoplasias hematológicas, admitidos para tratamento em um Hospital Universitário. Participaram deste estudo indivíduos com idade ≥ 20 anos, de ambos os sexos. Foram avaliados dados sociodemográficos (idade, cor da pele autorreferida, sexo); clínicos (tipo de neoplasia hematológica, tempo de diagnóstico); condição nutricional pelos dados antropométricos (peso, altura, índice de massa corporal e circunferência da panturrilha) e Avaliação Subjetiva Global Preenchida Pelo Paciente (ASG-PPP). Os critérios para o diagnóstico de sarcopenia foram: força muscular pela força de preensão palmar, massa muscular pela circunferência da panturrilha e desempenho físico pela velocidade de marcha. Os marcadores inflamatórios foram proteína C-reativa (PCR), Índice de Imuno-inflamação Sistêmica (IIS) e as razões: neutrófilos-linfócitos (RNL), monócitos-linfócitos (RML), plaquetas-linfócitos (RPL) e a razão PCR/albumina. RESULTADOS: Foram avaliados 102 pacientes sendo a maioria do sexo feminino (57.8%), adulto (68.6%), 39.2% tinham mieloma múltiplo, 34.3%  leucemias e 24.5%  linfomas. A prevalência de sarcopenia foi de 26.0%. A RML se associou à dinapenia (p = 0.013), a RPL à baixa massa muscular (p = 0.012) e PCR e razão PCR/Alb se associaram ao baixo desempenho físico (p = 0.001 e p = 0.006), independentemente da idade. A PCR (OR 26.63; IC 95% 1.06 – 668.2), razão PCR/Alb (OR 0.022; IC 95% 0.01 – 0.672), RML (OR 11.24; IC 95% 1.99 – 63.52) e RPL (OR 0.18; IC 95% 0.04 – 0.90) se associaram, de forma combinada, a baixa força muscular. O IIS se associou à presença de sarcopenia (OR 0.16; IC 95% 0.03 – 0.94). CONCLUSÃO: A prevalência de sarcopenia foi alta em pacientes com neoplasia hematólógica. Os marcadores inflamatórios RML, RPL, PCR e razão PCR/Alb são fatores que estão associados aos preditores isolados de sarcopenia, enquanto o IIS mostrou-se associado à presença da doença.  Portanto, é de alta relevância na prática clínica hospitalar a investigação e monitoramento da inflamação sistêmica nesses pacientes, sobretudo em ambientes em que os critérios para diagnóstico da sarcopenia são limitados.  

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4349788 - ANNA KARLA CARNEIRO RORIZ
Externa à Instituição - CRISTIANE ALINE D'ALMEIDA
Externa à Instituição - CAROLINA CUNHA DE OLIVEIRA - UFS