A PERSISTÊNCIA DA ESTÉTICA FARAÔNICA NO EGITO ROMANO:
PHILAE E A FORÇA DE UMA TRADIÇÃO
Egito Romano. Cultura Material. Iconografia. Cultura faraônica. Tradições. Hibridismo Cultural.
As marcas de um passado faraônico não desapareceram com as invasões pós Alexandre, O Grande, e as dinastias ptolomaicas. O Egito Romano esteve, portanto, imerso em um panorama sociocultural complexo, com uma série de articulações, negociações, persistências, conflitos e tradições, onde diversas construções são testemunhas dessas ações. Esses monumentos, sejam para fins religiosos ou de autopromoção com pretensões e ambições políticas, carregam em suas estruturas um inventário de intenções, estilos e técnicas, cicatrizes de modificações sob as alegações das mais variadas. Tudo isso assinala o que os antigos desejaram que deveria ser mantido para a posterioridade ou ocultado sob a forma de escombros reutilizados ou postergados em ruínas: uma legitimação política na forma de uma “estética” de dominação. O templo em Philae foi um desses lugares, símbolo de tradições e seus mais variados usos.