Banca de DEFESA: FERNANDA MARIA LESSA CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FERNANDA MARIA LESSA CARVALHO
DATA : 21/07/2022
HORA: 09:00
LOCAL: IGM Sala Virtual 3
TÍTULO:

Identificação de epítopos associados a resistência a infecção pelo Schistosoma mansoni em indivíduos de área endêmica após tratamento com praziquantel


PALAVRAS-CHAVES:

Schistosoma mansoni; Microarranjo de peptídeo; Vacina; Resistencia/proteção


PÁGINAS: 86
RESUMO:

RESUMO
INTRODUÇÃO: A produção de uma vacina contra a esquistossomose seria uma adição
valiosa as medidas atualmente em uso para controlar e, em última análise, erradicar esta doença.
No entanto, até o momento nenhuma formulação vacinal avançou ao estágio final de
desenvolvimento. As primeiras iniciativas se basearam na utilização de antígenos únicos que
apesar de muito imunogênicos apresentavam localização citosólica ou no citoesqueleto,
portanto pouco acessíveis em vermes íntegros. Esforços mais recentes avaliaram alvos da
interface parasita-hospedeiro, porém sempre de maneira isolada, estratégia pouco efetiva para
um parasito tão complexo. Nesse contexto, defendemos a utilização de múltiplos epítopos
imunogênicos, localizados na interface parasita-hospedeiro e associados a resposta protetora
contra o esquistossoma. Trabalhos realizados em áreas endêmicas mostraram modificações nos
níveis e classes de anticorpos após o tratamento com Praziquantel (PZQ), que são associadas a
resistência a reinfecção (RR). Este fenômeno é conhecido como “resistência induzida por
droga”. A hipótese deste estudo é que seria possível explorar a resposta nestes indivíduos
visando identificar epítopos associados a resistência para o desenho racional de uma vacina
contra a esquistossomose.
OBJETIVOS: Mapear os epítopos proteicos associados a proteção
reconhecidos pelo soro de indivíduos RR ao
S. mansoni de uma região endêmica da Bahia.
MÉTODOS: Para identificação dos epítopos foram realizados ensaios com microarranjos de
peptídeos contendo 59 proteinas de interesse utilizando o soro de indivíduos de uma área
endêmica para esquistossomose na Bahia, selecionados por sua história de resistência (RR) ou
susceptibilidade à reinfecção (SR) pelo
S. mansoni após tratamento com PZQ. Os indivíduos
foram acompanhados durante 18 meses após o tratamento com PZQ, com coletas de amostras
de soro para o ELISA (IgG1, IgG4 e IgE) e de fezes para o Kato-Katz em 0, 1, 6, 12 e 18 meses.
RESULTADOS: Os indivíduos RR apresentaram níveis mais elevados de anticorpos IgG1
contra membranas do tegumento (SmTeg), assim como IgE total e IgE especifico contra
proteínas solúveis de vermes adultos (SWAP). Dois alvos de tegumento (Sm25 e ADP-Ribosyl
Cyclase) revelaram epitopos preferencialmente reconhecidos pelo soro dos indivíduos RR.
Também foram identificados epitopos com maior reatividade nos indivíduos SR nas proteínas
MEG-12 e MEG-4.1 da glândula esofágica.
CONCLUSÃO: Apesar da variação de
reconhecimento e do compartilhamento de alvos entre os grupos (RR e SR), humanos
resistentes à reinfecção por
S. mansoni reconhecem preferencialmente epítopos nas proteínas
(Sm25 e ADP-Ribosil ciclase). Adicionalmente, o título de anticorpos que o indivíduo apresenta
parece ser tão importante quanto a natureza da proteína alvo para montar uma resposta efetiva
contra o verme.



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CRISTINA TOSCANA FONSECA - FIOCRUZ-MG
Interna - 2573399 - DEBORAH BITTENCOURT MOTHE FRAGA
Presidente - 249.563.328-58 - LEONARDO PAIVA FARIAS - USP
Notícia cadastrada em: 30/06/2022 13:47
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