Banca de DEFESA: ACIEL ALVES DE JESUS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ACIEL ALVES DE JESUS
DATA : 30/08/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Videoconferência RNP
TÍTULO:

PATRIMÔNIO GEOLÓGICO E GEODIVERSIDADE DAS MINAS HISTÓRICAS DA CHAPADA DIAMANTINA, NO CONTEXTO DA PROPOSTA DO GEOPARQUE MORRO DO CHAPÉU, BAHIA


PALAVRAS-CHAVES:

Patrimônio Geológico, Geodiversidade, Geoparque Morro do Chapéu


PÁGINAS: 82
RESUMO:

Diferentemente do que se pode depreender de muitos artigos e vários outros trabalhos sobre o tema, publicados nos últimos dez anos, os geoparques não são Unidades de Conservação e não se constituem apenas das formações geológicas de uma dada região, por mais excepcionais que elas sejam. Trata-se, na realidade, de um empreendimento de valorização do patrimônio geológico e da "memória da Terra" como motores de políticas territoriais de desenvolvimento sustentável. Apenas para o Estado da Bahia, o Serviço Geológico do Brasil propôs a criação de cinco geoparques — São Desidério, Cânion do Rio São Francisco, Alto Rio de Contas, Serra do Sincorá e Morro do Chapéu, sendo os três últimos na Chapada Diamantina, região Central da Bahia. Localizada na zona norte oriental da Chapada, em altitudes que chegam a 1290 metros, Morro do Chapéu ostenta uma história e conformações geológicas que fazem da região uma das mais promissoras para a criação de um geoparque nos moldes do conceito da Rede Global de Geoparques da UNESCO. Sua geologia pode ser sintetizada na Formação Tombador, constituída por rochas sedimentares que outrora formavam as dunas de um deserto Mesoproterozoico sucessivas vezes invadido pelo mar; na Formação Caboclo, com seus carbonatos silicificados e estromatólitos; e nos registros em suas rochas de processos e eventos que remontam ao Pré-Cambriano. Por cerca de 30 anos, e até recentemente, a região serviu como área-escola de sistemas deposicionais para o treinamento de gerações de profissionais e estudantes das geociências, provenientes de todas as partes do país. Acresce a isto, a singularidade de suas paisagens, a presença de pinturas rupestres e sítios arqueológicos, de vilas históricas e arquitetura ligadas à história dos garimpos de diamantes e de carbonados, e seu entrecruzamento com a Segunda Revolução Industrial na Europa e nos Estados Unidos. Sendo a Geoconservação uma ciência aplicada, este trabalho teve o objetivo de abordar os conceitos de patrimônio geológico e de elementos da geodiversidade no contexto dos geossítios propostos pela CPRM para a composição do geoparque Morro do Chapéu, na forma de roteiros integrados. Ênfase especial é dada à caracterização e iniciativas de geoconservação das minas históricas abandonadas, consoante os princípios da Carta de El Bierzo. Assim, o Roteiro dos Diamantes recebeu a mais completa caracterização e tratamento na forma do artigo Recovering the Ventura Village. Se bem explorado, esse é o roteiro que pode servir de núcleo das atividades geoturísticas, e que depois de estruturado e bem consolidado, pode servir de ponto de partida para a implementação dos outros roteiros e da constituição do próprio geoparque. No contexto da pandemia da COVID-19, o papel do geoturismo em áreas distantes dos grandes centros torna-se ainda mais relevante economicamente, por representarem destinos com menor concentração de pessoas, e por oferecerem experiências e atividades ao ar-livre. A pandemia representa, portanto, a oportunidade de se repensar a proposta da CPRM para Morro do Chapéu e região e desse modo promover os objetivos da Agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2334411 - DEBORA CORREIA RIOS
Interno - 1847453 - RICARDO GALENO FRAGA DE ARAUJO PEREIRA
Externo ao Programa - 1107246 - CARLOS ALBERTO ETCHEVARNE
Externa à Instituição - KÁTIA LEITE MANSUR - UFRJ
Notícia cadastrada em: 27/10/2021 11:13
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA