Banca de DEFESA: IB SILVA CÂMARA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IB SILVA CÂMARA
DATA : 20/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br
TÍTULO:

Ocorrências de Grafita no Complexo Tanque Novo-Ipirá, Nordeste do Craton do São Francisco, Bahia, Brasil: Caracterização e Potencial Metalogenético


PALAVRAS-CHAVES:

Mineralização de Grafita, Carbono grafítico, Paleoproterozoico, Craton do São Francisco.


PÁGINAS: 72
RESUMO:

O Brasil é o terceiro maior produtor de grafita do mundo, ocupando o estado da Bahia, o ranking de segundo maior produtor do país sendo a maior parte da produção oriunda da província grafítica Bahia-Minas. A área de estudo localiza-se a 350 km a norte dessa região produtora, as rochas hospedeiras das ocorrências de grafita são representadas por rochas xistosas, mármores e granulito tendo como encaixantes quartzitos, calcissilicáticas, mármores e formações ferríferas do Complexo Tanque Novo–Ipirá, Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, nordeste do Cráton do São Francisco, Bahia, Brasil. As análises petrográficas com auxílio do MEV/EDS apontam duas gerações de grafita, sendo uma associada ao processo de grafitização gerada pelo metamorfismo – singenética apresentando flakes com três distintas associações que estão relacionados ao metamorfismo progressivo de fácies xisto verde, anfibolito e granulito, ao qual as hospedeiras foram submetidas. Já a segunda geração, epigenética, é atribuída à fase de metamorfismo regressivo com percolação de fluidos hidrotermais atribuídos ao retrometamorfismo fácies xisto-verde com deposição de grafita em vênulas ou como resultado de reações de carbonatação. Os corpos grafitosos apresentam um alto teor de carbono grafítico (Cg), analisados por infravermelho em LECO, variando de 8,60 a 14,82 % e ocorrem em dois grupos distintos: aluminoso (paragnaisse e xisto) e carbonático (mármore). As características litogeoquímicas das hospedeiras e das encaixantes indicam protólitos sedimentares com assinaturas influenciadas por aporte detrítico em um paleoambientes marinho, com alterações diagenéticas, mas que não foram suficientes para alterar as anomalias de Ce/Ce* (0,64 a 1,49) que juntamente com as razoes U/Th (0,04 a 1,30) sugerem um paleoambiente predominantemente óxico. As análises do Cg com P/Ti, Ba/Ti, Ni e Cu apresentam correlações que sugerem a deposição da matéria orgânica em um momento de alta paleoprodutividade orgânica. Essa configuração deposicional associada a anomalias de fosforo das encaixantes depositadas no Paleoprotezoico em um paleoambiente óxico, sugerem que a deposição da matéria orgânica que originou a grafita possa estar relacionada com o aumento da paleoprodutividade gerada após o evento GOE (Grande Evento de Oxigenação), que culminou no primeiro grande evento fosfogenético do registro geológico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 003.403.165-00 - AROLDO MISI - UFBA
Interna - 2334411 - DEBORA CORREIA RIOS
Externo à Instituição - PEDRO MACIEL DE PAULA GARCIA - UFMT
Notícia cadastrada em: 27/08/2021 14:48
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