DIQUES MÁFICOS DA PROVÍNCIA LITORÂNEA, ESTADO DA BAHIA: ESTUDO COMPARATIVO COM ILHÉUS-OLIVENÇA
Geoquímica, petrografia, magmatismo basáltico, diques máficos
Estudos comparativos de dados petrográficos, geoquímicos e geocronológicos de diques máficos permitem estabelecer relações entre diferentes enxames, seus processos de gênese e evolução magmática, contribuindo para a evolução geodinâmica de uma determinada região e a caracterização da natureza das fontes mantélicas de eventos extensionais. Os diques máficos de Ilhéus-Olivença, Salvador, Camacan e Itajú do Colônia, pertencentes a Província Litorânea (PL), estão localizados no nordeste do Cráton do São Francisco, próximo à costa marítima da Bahia e encaixados em rochas granulíticas de cinturões orogênicos paleoproterozoicos. O enxame de Ilhéus-Olivença apresenta diques com espessuras medias de menos de 3 m, com orientação preferencial E-W e hospedam enclaves rotacionados, com fluxo magmático direcionado de leste para oeste. A assembleia mineralógica essencial é composta por plagioclásio, piroxênios, olivina, hornblenda e minerais opacos, apresentando texturas intergranular, ofítica, porfirítica e subofítica, além de processos de alteração secundaria. São basaltos toleíticos de ambiente intraplaca, com leve enriquecimento em ETRL comparados com ETRP, mostrando uma fonte enriquecida do tipo E-MORB, com tendências próximas do manto primitivo. Quando comparado com os outros diques máficos da PL apresentam semelhanças quanto aos aspectos de campo, petrográficos e geoquímicos. A integração dos estudos geoquímicos com dados geocronológicos da literatura da PL revela que essas rochas fazem parte do mesmo evento extensional Toniano, provavelmente relacionado a uma mesma pluma mantélica.