Banca de DEFESA: ALDENEIDIANE SANTANA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALDENEIDIANE SANTANA DOS SANTOS
DATA : 27/03/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Instituto de Geociências
TÍTULO:

Evolução da contaminação do solo por metais tóxicos: O caso da Plumbum Mineração e Metalurgia Ltda, Santo Amaro, Bahia, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Contaminação ambiental, Qualidade dos solos, metais tóxicos, monitoramento ambiental, Santo Amaro.


PÁGINAS: 33
RESUMO:

A contaminação por metais tóxicos presente nos solos do município de Santo Amaro, Bahia, Brasil é um assunto bastante discutido pela comunidade cientifica e noticiários locais, sobretudo nos últimos quarenta anos. A evolução das pesquisas sobre o assunto iniciam em 1980, com o monitoramento ambiental realizado por Tavares (1990), na tentativa de expor o cenário da contaminação de chumbo e cádmio nos solos e em um grupo de moradores (mulheres e crianças) considerados de alto risco e através deste, comprovou que o nível desses metais em amostras de solo e em material humano estavam acima do limite proposto por lei. Para avaliar a qualidade de um solo contaminado são necessários critérios e diretrizes específicos respeitando a heterogeneidade desse recurso. O uso de valores orientadores de referencia de qualidade de outros países podem causar interpretações geoquímicas não condizentes com a realidade local. O Conselho Nacional do Meio Ambiente, por meio da resolução 420/2009, trouxe a metodologia adequada para avaliação da qualidade de solo, quanto à presença de substâncias químicas de origem antrópica e deve ser efetuada com base em Valores Orientadores de Referência de Qualidade - VORQ, de Prevenção e de Investigação. A área de estudo está situada nas antigas instalações da Plumbum Mineração e Metalurgia e o objetivo dessa pesquisa consiste em avaliar uma série de trabalhos publicados, total de 20 (vinte), que foram realizados no solos superficiais durante o período de 1980 até 2019 no município de Santo Amaro, considerando que a existência de metais tóxicos no solo configuram sérios riscos à saúde pública e ao meio ambiente. A metodologia aplicada restringe-se a Pesquisa Bibliográfica e foi dividia em 4 (quatro) fases distintas, tendo como principais indicadores o período da publicação e a ocorrência de fato que marcasse uma nova fase na pesquisa sobre a contaminação desses solos. Por fim, aplica-se a geoestatística aos dados analíticos para os de elementos tóxicos (Pb, Cd, Zn, Cu, As e Ag) do site da Plumbum Mineração e Metalurgia fornecido pela parceria CPRM-RJ e IGEO-UFBA. As concentrações revelam valores médios, mínimos e máximos para chumbo (Pb) 2.611,4, 179,5 e 12.500 mg/Kg; cádmio (Cd) 43,9, 4 e 230mg/Kg; zinco (Zn) 440, 81 e 2.399mg/Kg; cobre (Cu) 115,6, 20 e 716mg/Kg; arsênio (As) 18,3, 2 e 118mg/Kg e prata (Ag) 2,8, 0,1 e 11mg/Kg, respectivamente. A pesquisa permite concluir que, ao passar dos anos, principalmente depois de 2009, os valores de referencia de qualidade para a região de Santo Amaro ainda não foram definidos por entidades ambientais, o que reflete o não cumprimento da legislação. O caso da contaminação de Santo Amaro necessita da definição desses valores para que seja construída uma legislação direcionada ao monitoramento desses elementos nos solos da região. O estudo realizado por Santos et al. 2017 é o primeiro passo, segue as especificações da regulamentação 420/2009, porém sem reconhecimento pelos órgãos competentes do Estado. A iniciativa do programa de monitoramento proposta pela CPRM em parceria com IGEO-UFBA, para os próximos 20 anos na região, visa obter resultados que contribuam para a melhoria da qualidade ambiental e, consequentemente, uma maior qualidade de vida para a população de Santo Amaro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2564483 - JOSE ANGELO SEBASTIAO ARAUJO DOS ANJOS
Interno - 287703 - MANOEL JERONIMO MOREIRA CRUZ
Externo ao Programa - 2003074 - MARIA ELOISA CARDOSO DA ROSA
Notícia cadastrada em: 10/11/2020 06:15
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