Banca de DEFESA: ANDRÉIA GONÇALVES DE ARAÚJO NUNES RANGEL

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDRÉIA GONÇALVES DE ARAÚJO NUNES RANGEL
DATA : 07/06/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Instituto de Geociências
TÍTULO:

ANTECEDENT TOPOGRAPHY CONTROLS PRESERVATION OF LATE QUATERNARY TRANSGRESSION RECORD AND CLINOFORM GEOMETRY: THE SÃO FRANCISCO DELTA (EAST-NORTHEASTERN BRAZIL)


PALAVRAS-CHAVES:

Deltas, Variações do Nível do Mar, Pulsos de subida


PÁGINAS: 41
RESUMO:

O presente trabalho apresenta uma descrição detalhada da arquitetura e evolução estratigráfica da última sequência deposicional do delta do São Francisco (SFDS) depositada durante o Pleistoceno superior/Holoceno como resposta às variações nas taxas de subida do nível do mar pós-LGM. Diferentemente de outras regiões do Brasil e do mundo, o arcabouço geológico sobre o qual a SFDS foi depositada configura um caso muito particular. Considerada como uma das mais estreitas (<40km) e rasas (<60m) plataformas continentais do mundo, a limitada profundidade e largura da plataforma leste-nordeste do Brasil, somado ao efeito da elevada energia de ondas resultante da tensão por cisalhamento no fundo impede o desenvolvimento e a preservação do completo registro sedimentar pós Último Máximo Glacial (UMG). Contudo, o arcabouço geológico que abriga a SFDS exibe características muito peculiares em relação aos demais. O delta dominado por ondas do rio São Francisco foi construído em uma região topograficamente rebaixada da plataforma continental, associada à cabeceira do cânion homônimo. Isto resultou na criação de um espaço de acomodação adicional de várias dezenas de metros. Tal peculiaridade além de favorecer o desenvolvimento de uma clinoforma sigmoidal clássica essencialmente constituída por lama, permitiu investigar a influência dos períodos de aceleração (Meltwater Pulse - MWP) e desaceleração (Younger Dryas - YD) das taxas de subida do nível eustático do mar pós-LGM na arquitetura e evolução estratigráfica do delta. Cinco unidades sismoestratigráficas foram identificadas em registros sísmicos de alta resolução. A Us1 foi possivelmente afogada pelo MWP1A. As unidades Us2 e Us3 acumularam no período subsequente caracterizado por taxas decrescentes que ocorreram entre o final do MWP1A até o final do YD. A Us3 foi afogada pelo MWP1B como indicado por uma cunha de sedimentos que soterra suas terminações laterais. A deposição da Us4 ocorreu ainda no interior do embaiamento costeiro, durante o período de reduzidas taxas de subida após o MWP1B. A deposição da Us5, que corresponde a unidade mais recente do delta, ocorreu somente após a estabilização do nível eustático do mar a partir de 8-7,5 ka AP, marcando o início da progradação do delta atual. O presente trabalho mostra como as variações nas taxas de subida do nível eustático do mar juntamente com a morfologia antecedente local ajudaram na criação de um registro sedimentar contínuo da transgressão holocênica, permitindo também o desenvolvimento da moderna clinoforma sigmoidal deltaica do rio São Francisco.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1295799 - ANGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL
Externo à Instituição - MARIA ZÉLIA AGUIAR DE SOUZA - UFMT
Externo ao Programa - 1248799 - REINALDO SANTANA CORREIA DE BRITO
Notícia cadastrada em: 28/05/2019 10:01
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