Banca de DEFESA: SIMONY LOPES DA SILVA REIS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SIMONY LOPES DA SILVA REIS
DATA : 14/09/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual do POSGEO RNP https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/posgeo-ufba
TÍTULO:

ENTRE PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES: tensões territoriais nos cerrados do centro norte brasileiro a partir do oeste de Bahia


PALAVRAS-CHAVES:

 cerrados baianos; modos de vida; narrativas; representações


PÁGINAS: 326
RESUMO:

Este estudo tem como centralidade analisar as práticas e representações dos agentes socioespaciais atuantes na territorialização dos espaços de cerrados do centro norte brasileiro, tomando como escala de análise os cerrados da Bahia. Propomos a leitura espacial dos cerrados a partir das vozes de seus povos, tomando as práticas e representações cerratenses enquanto narrativas contra-hegemônicas que vêm ganhando força pela representatividade de suas pautas, especialmente no ciberespaço, através das redes sociais e, portanto, descortinando as “verdades únicas” que o agronegócio tenta impor ao Brasil, mas especialmente ao cerrado. Tendo as abordagens dialética e fenomenológica enquanto pilares na interpretação e análises das informações, partimos do pressuposto que o capital mundializado, forjado na racionalidade econômica do modelo de produção moderno-colonial-branco-patriarcal impõe mudanças nos ritmos de vida, tanto natural, quanto social aos espaços de cerrados, gerando conflitos de diferentes motivações. Conflitos esses decorrentes de um processo que não é isento de resistências, muito pelo contrário. São diversas as faces envolvidas neste processo, as dos agentes socioespaciais do agronegócio e as faces das resistências locais em diferentes temporalidades. As formas de territorializar os cerrados do centro norte brasileiro pelo capital hegemônico são guiadas pela racionalidade econômica, cuja epistemologia colonial é central e encontra embate direto com os modos de vida de povos cujas epistemologias são biocêntricas. Assim, as formas de compreender os cerrados podem ser observadas a partir das representações espaciais de seus povos em relação ao seu espaço de vida, a partir da oralidade, da escrita e por meio de imagens que retratam as paisagens no seu imaginário. Por outro lado, os agentes socioespaciais do agronegócio também constroem representações acerca do mesmo espaço e, a partir de suas práticas espaciais, expandem estas representações para o conjunto social brasileiro. Com base na fundamentação da Teoria das Representações em articulação com a leitura espacial dos territórios, lugares e paisagens, pode-se compreender as práticas espaciais dos agentes do agronegócio muito bem articuladas com a figura do Estado e a sustentação de suas narrativas a exemplo da indústria cultural, dentre muitos meios. Em contrapartida, as narrativas cerratenses trazem a construção de um imaginário sobre os cerrados enquanto espaços plurais e tecem, em articulação política, as horizontalidades necessárias das r-existências e justiças sociais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1374187 - NOELI PERTILE
Interno - 1741736 - JOSE ANTONIO LOBO DOS SANTOS
Externo à Instituição - CARLOS WALTER PORTO-GONÇALVES - UFF
Externo à Instituição - CLAUDIO UBIRATAN GONÇALVES - UFPE
Externo à Instituição - CLOVIS CARIBE MENEZES DOS SANTOS - UEFS
Notícia cadastrada em: 26/10/2021 17:51
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA