Compostos de coordenação: uma estratégia para atuação como catalisadores na polimerização de etileno
polietileno, polímero, catalisador, grafeno
O polietileno é hoje um dos materiais mais utilizado pela sociedade moderna, desde que se iniciou a chamada “Era dos plásticos”, no início do século passado. Há vários tipos diferentes de polietileno, com diferentes propriedades, que levam a diferentes aplicações, o que torna esse material bastante versátil. Essa diferenciação se deve basicamente à forma de produção do polietileno, considerando iniciadores, sistemas catalíticos e as condições industriais.
Ao longo do tempo o processo de polimerização do etileno passou por diversas modificações. Os processos iniciais que utilizavam espécies radicalares como iniciadores, necessitando de altas pressões e temperaturas, foram substituídos por compostos de coordenação, em um sistema catalítico que possibilitou utilizar condições reacionais muito mais brandas e obtendo um polímero de melhor qualidade.
O primeiro sistema catalítico de grande sucesso em escala industrial, foram os catalisadores de Ziegler-Natta, desenvolvidos na década de 50. Com eles foram possível obter polietilenos de alta densidade, com cadeias lineares, sem ramificações como obtido com iniciadores radicalares. A partir do conhecimento obtido deste sistema, onde combinando compostos de coordenação contendo metais de transição e compostos organometálicos, principalmente alquilalumínios, foi possível desenvolver uma gama de novos catalisadores denominados de metalocenos.
Neste trabalho foram utilizados uma série de catalisadores, como o zirconoceno (ZDC) que contém zircônio como centro metálico, e uma série de catalisadores tipo 2,6-bis(imino)piridina (MIpy), ao qual contem ferro ou cobalto em sua esfera de coordenação. Os catalisadores foram utilizados isoladamente ou combinados e em todos os casos foi utilizado metilaluminoxano (MAO), para gerar a espécie cataliticamente ativa para atuar na polimerização.
Além da catálise homogênea, foi utilizado o sistema com a heterogeneização dos catalisadores, utilizando um suporte, alterando as propriedades do polietileno. O suporte utilizado foi grafeno reduzido, que é uma forma alotrópica do carbono, descoberto recentemente. Ele se destaca devido às suas excelentes propriedades elétricas e térmicas, fato que modifica consideravelmente o polietileno, obtendo um produto com aplicações cada vez mais abrangentes.