CATALISADORES DO TIPO H-BEA APLICADOS À GLICERÓLISE DE ÁCIDOS GRAXOS NA PRESENÇA DE GLICERINA BRUTA: UMA ALTERNATIVA DE PRÉ-TRATAMENTO DE MATÉRIAS-PRIMAS ÁCIDAS PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL
Biodiesel, Glicerina, Glicerólise, Zeólitos Beta, Ácidos Graxos.
O cenário energético mundial é dominado pelo petróleo e outros, combustíveis fósseis de fontes limitadas e que geram impactos ambientais associados às mudanças climáticas. Neste contexto, o biodiesel cresce como sendo uma fonte de energia alternativa renovável e sustentável, de propriedades muito similares ao diesel de petróleo. No processo de produção de biodiesel mundial matérias-primas oleaginosas são amplamente utilizadas na reação de transesterificação, produzindo ésteres alquílicos e grandes volumes de glicerina como coproduto da reação. Com a alta precificação das fontes oleaginosas faz-se interessante a busca por matérias-primas alternativas. Contudo, o maior desafio encontrado é a presença de altos teores de ácidos graxos livres. A glicerólise é uma reação de esterificação na presença de glicerina bruta com altas temperaturas que pode ser aplicada como etapa de pré-tratamento de matérias-primas ácidas. A catálise heterogênea surge como uma solução para tornar a glicerólise viável e melhorar suas performances em temperaturas inferiores à 220 ºC. Dentre os catalisadores heterogêneos temos os zeólitos, cuja composição, estrutura e porosidade geram interesse em suas aplicações na glicerólise de ácidos graxos. Neste trabalho foram impregnados Níquel e Molibdênio em zeólitos beta e avaliados suas performances frente a reação de glicerólise de ácidos graxos em diferentes condições reacionais. O catalisador Mo/H-BEA apresentou as maiores taxas de conversão dentre os catalisadores avaliados. As melhores condições reacionais observadas foram à 120 ºC, razão molar óleo:glicerina 1:2 e 1,0% em massa de catalisador. Observou-se que a presença de impurezas na glicerina bruta como água, MONG e saís inorgânicos afeta a reação