Banca de DEFESA: CAROLINA RAVAZZANO AZEVEDO LOPES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAROLINA RAVAZZANO AZEVEDO LOPES
DATA : 10/08/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente Virtual RNP
TÍTULO:

FORMAÇÃO E ESTABILIDADE DE ESPUMAS LÍQUIDO-GÁS A PARTIR DE SOLUÇÕES AQUOSAS DE SURFACTANTES DERIVADOS DE CARDANOL


PALAVRAS-CHAVES:

Espumas; Surfactantes Não-Iônicos; Cardanol


PÁGINAS: 183
RESUMO:

Espumas aquosas são dispersões líquido-gás de escala coloidal que contam com múltiplas aplicações industriais e, também, em produtos de uso doméstico. No entanto, por se tratarem de dispersões, esses sistemas encontram-se fora do equilíbrio termodinâmico, o que torna necessário o uso de agentes que promovam sua formação e assegurem sua estabilidade cinética. A classe mais comum de agentes utilizados para este fim são os surfactantes, substâncias que apresentam afinidade por ambas as fases (líquida e gás) e contribuem para diminuir o investimento energético necessário para que se dê a mistura entre estas. Em sua maioria, os surfactantes convencionais são sintetizados a partir de derivados do petróleo e possuem outras características indesejáveis do ponto de vista ambiental, podendo, por exemplo, ser tóxicos para organismos marinhos, o que tem motivado o estudo e o desenvolvimento de alternativas mais ambientalmente compatíveis. Neste sentido, o presente trabalho investigou a formação e a estabilidade de espumas preparadas a partir de soluções aquosas de três surfactantes não-iônicos derivados do cardanol, um composto extraído do líquido da castanha de caju que tem se destacado como precursor sustentável para moléculas de interesse nos mais variados ramos da indústria. Os surfactantes, que foram estudados individualmente e em misturas com dodecil sulfato de sódio (SDS), diferem entre si apenas no número de grupos etóxi (EO) que compõem as porções hidrofílicas de suas moléculas (nEO, n = 7, 9 ou 12). Os testes de espumabilidade foram conduzidos através do preparo de espumas por agitação mecânica empregando-se um mesmo volume de solução. A capacidade dos sistemas de formar espumas estáveis, por sua vez, foi comparativamente avaliada para dispersões produzidas através do método de Tessari. Os resultados obtidos foram corroborados por estudos acerca do comportamento termorresponsivo dos surfactantes derivados de cardanol, por medidas de tensiometria estática e dinâmica e por análises de espalhamento dinâmico de luz, turbidez e reologia de fase contínua. Não foi observado um efeito sinérgico significativo nas misturas nEO-SDS para todas as concentrações testadas; em particular, a estabilidade das espumas formadas a partir dos sistemas mistos mostrou-se idêntica à de espumas feitas apenas com SDS na mesma concentração. Para os sistemas individuais, as soluções do surfactante derivado de cardanol de grau de etoxilação 9 (9EO) a 1,0% v/v e 2,0% v/v produziram as espumas de maior estabilidade cinética. A maior ação estabilizante desses sistemas foi atribuída à morfologia dos agregados formados pelo 9EO em solução à temperatura de trabalho: suas micelas alongadas, de estrutura similar à de fios, enredam-se e aumentam a viscosidade da fase contínua, freando a drenagem de líquido. Os resultados reunidos provam-se relevantes tanto por (1) demonstrarem o potencial de novos componentes sustentáveis para a produção de formulações espumantes de qualidade quanto por (2) evidenciarem a existência de um delicado – e, em grande parte dos trabalhos da área, negligenciado – balanço entre as propriedades superficiais de um sistema e as características de suas fases contínuas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3147385 - GUILHERME AUGUSTO FERREIRA
Interno - 2285902 - TIAGO VINICIUS ALVES
Interno - 3152029 - MATEUS FERNANDES VENANCIO
Externo ao Programa - 3062920 - HENRIQUE RODRIGUES MARCELINO - UFBAExterna à Instituição - AURORA PÉREZ GRAMATGES - PUC - RJ
Notícia cadastrada em: 25/08/2023 14:09
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA