Banca de DEFESA: NARLA DENISE RODRIGUES FERNANDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NARLA DENISE RODRIGUES FERNANDES
DATA : 12/04/2022
HORA: 15:00
LOCAL: https://www.youtube.com/user/labvideoisc  
TÍTULO:

Cuidado infantil e gênero na perspectiva de famílias que frequentam o programa de saúde mental infantil brincando em família.


PALAVRAS-CHAVES:

Famílias. Cuidado Infantil. Gênero. Saúde Mental Infantil.


PÁGINAS: 168
RESUMO:

Este trabalho se insere na incipiente discussão sobre famílias, políticas e práticas de Saúde Mental Infantil, em diálogo com apontamentos já presentes na literatura sobre a importância de incluir e qualificar o cuidado com a família. Temos como objetivo geral compreender como famílias que frequentam um Programa de Saúde Mental Infantil cuidam de suas crianças. E, como objetivos específicos analisar como se constrói o cuidado infantil no cotidiano das famílias; explorar possíveis diferenças no cuidado a crianças relacionadas dinâmicas familiares; explorar como as famílias compreendem as queixas sobre as crianças que frequentam um Programa de Saúde Mental Infantil (PBF); explorar como as famílias compreendem o cuidado ofertado no programa em questão. A fundamentação teórica, na qual ancoramo-nos, é uma teoria geral do cuidado articulada com as discussões sobre saúde mental, gênero e dispositivos. O estudo foi realizado durante o período da pandemia de Covid-19 no Programa de Saúde Mental Infantil Brincando em Família, um espaço permanente de ensino, pesquisa e extensão vinculado à Universidade Federal da Bahia, que busca trabalhar com crianças e suas famílias, tecendo diálogos com outros serviços dirigidos ao público infantil. Os (as) participantes, foram pessoas que frequentavam o programa desde antes do momento pandêmico. No total, foram entrevistadas seis famílias, onde, em alguns casos, houve a presença masculina. Dentre as (os) participantes predominam pessoas autodeclaradas negras ou pardas, com baixa escolaridade, situação financeira precária, moradoras de bairros periféricos, expostas a situações de violência. Encontramos a predominância do lugar das mulheres como cuidadoras, que coexistem com frequentes relatos da não intenção de ter filhos, antes da gravidez acontecer. Argumentamos que, para os (as) participantes, o cuidado infantil tem estreita relação com um “projeto de pessoa” onde é central que a criança seja “obediente para não dá para ruim”. Diversas ações são direcionadas neste sentido, desde cuidados básicos e cuidados relacionais - que envolvem educação, correção de comportamentos -, e a relação com as políticas públicas, com destaque para serviços de saúde e educação. Sobre frequentar um serviço de Saúde Mental Infantil, foi identificado que frequentemente quando a família não consegue que a sua criança apresente a esperada obediência, e também quando recebe queixas no ambiente escolar e familiar, há uma procura por serviços de saúde mental. Há uma diversidade de modos compreensão das queixas, mas o ponto de congruência, continua estando nesse eixo, de procurar ajustar o comportamento das crianças ao esperado, de acordo com os scripts de gênero e as preocupações sobre o futuro. A relação com o programa se mostra importante para essas famílias – que são, de maneira predominante, mulheres marcadas pelo dispositivo materno -, que se sentem acolhidas e compreendidas. E, nesse sentido, foram ouvidas algumas narrativas das famílias, à medida que tiveram contato com o programa, apontando problematizações de olhares patologizantes sobre as crianças.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - Patricia Santos de Souza Delfini - UPM
Interno - 2331872 - LUIS AUGUSTO VASCONCELOS DA SILVA
Presidente - 1854436 - VANIA NORA BUSTAMANTE DEJO
Notícia cadastrada em: 07/04/2022 14:28
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA