Banca de DEFESA: ANA CAROLINE CALDAS DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CAROLINE CALDAS DE ALMEIDA
DATA : 09/03/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 5 do Instituto de Saúde Coletiva
TÍTULO:

FATORES DE RISCO PARA ESCORPIONISMO FATAL EM CRIANÇAS BRASILEIRAS


PALAVRAS-CHAVES:

Picada de escorpião; Evolução fatal; Fatores de risco; Lactente, Pré-escolar; Criança.


PÁGINAS: 67
RESUMO:

Introdução. Escorpionismo é o envenenamento por escorpião. A evolução do escorpionismo para óbito associa-se ao táxon do escorpião, menor idade do paciente, atraso para início da assistência e qualidade do tratamento soroterápico. Objetivo. Este estudo buscou identificar fatores de risco para o escorpionismo em crianças brasileiras. Métodos. Estudo de caso-controle com casos de envenenamento por escorpião (CID X-22) de crianças de até 10 anos, notificados ao Sistema de Informação de Notificação de Agravos (SINAN), entre 1° de janeiro de 2007 e 18 de julho de 2016. Os casos corresponderam a todos os óbitos por escorpionismo ocorridos no período; os controles foram aleatoriamente selecionados dentre os que não evoluíram para óbito, na razão de quatro controles para cada caso. Os fatores de risco investigados foram: sexo, idade, grupo étnico, zona de ocorrência, tempo decorrido entre o acidente e a chegada ao serviço de saúde, unidade de atendimento e tratamento soroterápico (variável que combinou se o tipo de soro era adequado ou inadequado com o número de ampolas de soro utilizadas). Foram incluídos apenas casos e controles com informações completas para todas as variáveis investigadas. Os fatores associados ao óbito por escorpionismo em crianças foram identificados com técnicas de análise de regressão logística bivariada e multivariada, com uso do programa estatístico STATA 12.0. Resultados. Foram investigados 254 óbitos por escorpionismo fatal e 1.083 controles. Após ajustamento do modelo final, os fatores de risco para o escorpionismo fatal em crianças foram: idade ≤5 anos (OR=1,6), ocorrência em zona não urbana (OR=2,0), tempo entre o acidente até a chegada ao serviço de saúde ≥3 horas (OR=3,0), tratamento soroterápico com soro adequado e número excessivo de ampolas (OR=2,2), soro adequado e número insuficiente de ampolas (OR=6,9), soro inadequado (OR=5,7) e sem uso de soro (OR=5,3). Soroterapia não foi utilizada em 9,4% dos 254 pacientes que morreram. A efetividade do tratamento soroterápico em impedir a evolução fatal foi de 70,0% e de 77,0%, quando o paciente chegou ao serviço de saúde em menos de 3 horas após a ocorrência do agravo. A efetividade do tratamento foi de 66,0% nos pacientes de 0 a 2 anos, 67,0% nos de 3 a 5 anos, 74,0% nos de 6 a 8 anos e 75,0% nos de 9 a 10 anos. Conclusão. O escorpionismo fatal em crianças associou-se a fatores de risco que revelam problemas no acesso ao serviço de saúde, como ocorrência em zona não urbana e chegada precoce (<3 horas) ao serviço de saúde, baixa qualidade do tratamento soroterápico prestado e idade mais jovem da criança. A efetividade do tratamento soroterápico foi maior em crianças mais velhas e naquelas que chegaram precocemente ao serviço de saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2187819 - FEDERICO COSTA
Presidente - 085.266.135-53 - FERNANDO MARTINS CARVALHO - UBC
Externo à Instituição - REJANE MARIA LIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 2863971 - YUKARI FIGUEROA MISE
Notícia cadastrada em: 03/03/2020 14:28
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