Banca de DEFESA: ELIS PASSOS SANTANA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELIS PASSOS SANTANA
DATA : 10/07/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Instituto de Saúde Coletiva
TÍTULO:

CONHECIMENTO E RECUSA DE COMPRA DO AUTOTESTE DE HIV POR MULHERES TRABALHADORAS DO SEXO NO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Profissionais do sexo; HIV; RDS; Brasil


PÁGINAS: 120
RESUMO:

Introdução: O sistema público de saúde do Brasil adotou recentemente a distribuição do autoteste com o objetivo de ampliar a frequência na testagem do HIV. Essa ampliação do acesso é importante nas populações-chave para a epidemia de HIV. A prevalência de HIV em MTS no Brasil é de 5,3%. A testagem constitui-se em uma porta de entrada para os cuidados em saúde e tratamento do HIV. Este estudo tem o objetivo de investigar os fatores associados à recusa do autoteste de HIV por MTS no Brasil. Metodologia: Tratou-se de um estudo transversal com 4245 MTS recrutadas em 12 capitais do Brasil por RDS no ano de 2016. As participantes responderam a um questionário e foram analisadas as associações entre variáveis sociodemográficas, comportamentais, relacionadas aos serviços de saúde, suporte social e aceitabilidade do autoteste. Utilizou-se a rotina de amostras complexas do programa STATA 14 para a análise dos dados, considerando cada cidade como estrato e cada grupo de recrutadora e recrutadas como um conglomerado. Em cada estrato, a ponderação foi calculada pelo estimador RDS-II. Realizou-se análise multivariada com regressão logística. Resultados: Metade das MTS tinham 18 a 39 anos (49,7%), a maioria se autodeclarou de cor preta/parda (73.9%), possuía baixa escolaridade (73,8%), baixo nível socioeconômico (56,2%) e 47.3% referia mudança no tratamento no serviço de saúde após revelar que era MTS. 22.5% nunca tinha feito o teste de HIV e apenas 32.4% conhecia o autoteste de HIV antes do estudo. A aceitabilidade do autoteste foi alta (85.6%). Os fatores associados à recusa do autoteste foram: idade maior que 40 anos (OR:1.26); cor preta/parda (OR:0,71); 10 ou mais programas por dia (OR: 1,98) e trabalho em ponto de rua (OR:1,25). Conclusão:O conhecimento sobre o autoteste ainda é baixo entre as MTS no Brasil. Mas é reconfortante que a aceitabilidade seja alta. Isto representa uma oportunidade para aumentar a cobertura de testes entre MTS onde há uma lacuna no diagnóstico de HIV. A autonomia, a privacidade, o acesso rápido aos resultados e a conveniência devem ser enfatizadas como motivações no desenvolvimento de estratégias programáticas para o aumento da oferta do autoteste entre as MTS.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA MARIA DE BRITO
Interno - 2224251 - FLORISNEIDE RODRIGUES BARRETO
Interno - 021.958.265-33 - LAIO MAGNO SANTOS DE SOUSA - UNEB
Interno - 130.340.735-34 - MARIA INES COSTA DOURADO - UFBA
Notícia cadastrada em: 04/07/2019 12:10
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA