PPGSC-IMS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA (PPGSC-IMS) INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: ANANDA IVIE DIAS NOVAIS CASSIMIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANANDA IVIE DIAS NOVAIS CASSIMIRO
DATA : 24/01/2024
HORA: 09:00
LOCAL: IMS/UFBA
TÍTULO:

ESTIGMA DO PESO NA ORGANIZAÇÃO DO CUIDADO ÀS PESSOAS COM OBESIDADE: ENTENDENDO ATRAVÉS DAS DIRETRIZES E NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO ESTADO DA BAHIA.


PALAVRAS-CHAVES:

Obesidade; Estigma de Peso; Diretrizes Clínicas; Atenção Primária à Saúde; Profissionais de Saúde.



PÁGINAS: 130
RESUMO:

Mais de 60% dos adultos brasileiros estão acima do peso, com 25,9% vivendo com obesidade. A abordagem da obesidade é multifatorial, envolvendo aspectos genéticos, comportamentais, socioeconômicos e ambientais. Embora políticas públicas tenham sido implementadas para lidar com o problema, a estigmatização e a gordofobia persistem, impactando negativamente a saúde física e mental dos indivíduos. O cuidado efetivo requer uma abordagem integral e humanizada, considerando as diversas dimensões que influenciam o peso corporal. Objetivamos avaliar como a temática do estigma do peso é abordada nas diretrizes clínicas internacionais e nacionais para o tratamento da obesidade publicadas entre 2000 e 2022, além de compreender a percepção dos profissionais de saúde da APS sobre como o estigma do peso e a gordofobia se fazem presentes na organização do cuidado às pessoas com sobrepeso e obesidade na APS. O artigo 1 tratou-se de uma revisão sistemática com síntese qualitativa das recomendações de diretrizes clínicas, nacionais e internacionais, para o tratamento da obesidade publicadas entre 2000 e 2022, onde a maioria das diretrizes clínicas não enfatizam o tema do estigma do peso em suas recomendações. Apesar da pouca enfatização do tema, identifica-se avanços no discurso das diretrizes ao longo dos anos, e a temática da complexidade do cuidado e do estigma do peso começa a se fazer presente. O artigo 2 possui abordagem quali-quantitativa. As informações foram obtidas através de um curso de qualificação de profissionais de saúde em 54 municípios baianos. O estudo inclui reflexões sobre o estigma da obesidade no cotidiano de trabalho dos participantes. A pesquisa revela que muitos profissionais de saúde na APS se consideram competentes para cuidar de pessoas com sobrepeso e obesidade, mas reconhecem o potencial de suas abordagens e unidades para reforçar o estigma do peso. Há consenso de que a perda de peso é vista como o foco central do cuidado, e a aceitação pessoal do próprio corpo pode influenciar o julgamento e cuidado aos outros. A falta de estrutura física adequada nas unidades de saúde e reflexões culpabilizadoras e estigmatizantes são pontos de preocupação no cuidado oferecido. É essencial uma capacitação abrangente que aborde não apenas aspectos biomédicos, mas também sociais e psicológicos, além de investimentos em infraestrutura inclusiva e políticas públicas que promovam a saúde de maneira holística, valorizando a diversidade corporal para tornar o cuidado mais efetivo e compassivo.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1653186 - DANIELA ARRUDA SOARES ALVES
Externa à Instituição - ERIKA CARDOSO DOS REIS - UFOP
Presidente - 1585709 - POLIANA CARDOSO MARTINS
Notícia cadastrada em: 23/01/2024 16:52
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