O trânsito entre espaços não formais de ensino e a escola: a valorização da colônia de pescadores como espaço educativo
Tradição - Cultura - Arte
A dissertação “O trânsito entre espaços não formais de ensino e a escola: a
valorização da colônia de pescadores como espaço educativo”, tem como objetivo
questionar os locais de produção de saberes e de conhecimentos. Quando os
espaços acadêmicos são confrontados com vivências que vão de encontro com
esses saberes, surgem os questionamentos: Como se aprende? Quem são os
mestres? A partir destes pontos, apresentamos uma série de projetos que
promoveram ações com estudantes da rede pública na Colônia de Pescadores Z6
de Itapuã, em Salvador - Bahia. Sensibilizando, promovendo e experienciando
realidades díspares, os estudantes puderam reconhecer valores da arte, do trabalho
e do sentimento de pertencimento, e essa vivência possibilitou que participassem de
um processo de resistência cultural. Essa pesquisa teve como referência principal a
metodologia de Paulo freire e abordagem triangular de Ana Mae Barbosa, na
importância da arte como experiência conceituada por John Dewey e na visão de
Luiz Fernandes de Oliveira e Vera Maria Ferrão Candau de uma pedagogia
decolonial, antirracista e intercultural. Deste modo foram elaborados pensamentos
que compreendem a multidimensionalidade da cultura, em suas manifestações
técnicas, pedagógicas e rituais, despertando os alunos para a reflexão, a crítica, a
produção artística e cultural.