CONHECIMENTO TÁCITO E EDUCAÇÃO CIENTÍFICA: A EPISTEMOLOGIA DE MICHAEL POLANYI NO ENSINO DE CIÊNCIAS
Epistemologia; Filosofia da Ciência; Educação Científica; Conhecimento Tácito; Ensino de Ciências.
O objetivo dessa pesquisa é entender como a epistemologia de Michael Polanyi sobre o conhecimento tácito pode contribuir para a educação científica e o ensino de ciências, uma vez que, a educação científica possui alguns problemas advindos principalmente das imagens ingênuas da ciência e do cientista, ocasionando a chamada crise no ensino de ciências. Diversos autores afirmam que essa crise é desencadeada pela evasão dos alunos nos cursos de ciências e pelo seu desinteresse nessas áreas, sendo influenciada pela alfabetização científica, pelo mundo industrial e econômico, pelo ensino técnico e mecanizado, e também, pela formação dos professores de ciências. Diante dessas problemáticas é possível notar um aspecto que se conecta a todas elas: a ausência da utilização de um conhecimento implícito que é considerado fundamental e basal para a construção do conhecimento científico, denominado Conhecimento Tácito. As escolas atuais, em sua maioria, estão caracterizadas pela objetivação do conhecimento através de teorias explícitas e em produtos tecnológicos delas derivados. O foco dos alunos exclusivamente nas aplicações práticas de tudo o que foi aprendido na escola desvia sua atenção de perceber o que se realmente sabe para aquilo que se consegue verbalizar. Dessa forma, essa pesquisa possui como proposta de solução a utilização do Conhecimento Tácito abordado pelo considerado filósofo Michael Polanyi, que é construído através de suas experiências vividas e de seu conhecimento pessoal. Para Polanyi, a troca de conhecimento acontece através de exemplos ensinados do mestre para o aprendiz, – professor para o aluno – colocando em ênfase a bagagem cultural e histórica do indivíduo como um molde intelectual. Sendo o conhecimento tácito a origem de todo conhecimento, e maior em dimensão, faz-se importante saber como ele funciona, para que assim, consigamos estimulá-lo a fim de tornar a aprendizagem mais significativa. Nesse sentido, defendemos que essa proposta contribui para que estes indivíduos se tornem intelectualmente livres para escolher sua forma de vida e de conhecimento, colaborando para a tomada de decisões, alfabetismo científico e liberdade pessoal. Essa pesquisa é de cunho altamente teórico, alimentada por textos, livros, artigos e etc. de autores reconhecidos nacional e internacionalmente.