PEI PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL (PEI) ESCOLA POLITÉCNICA Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: DANIEL KOULOUKOUI

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANIEL KOULOUKOUI
DATA : 12/07/2021
HORA: 09:00
LOCAL: videoconferência na plataforma RNP (sala PEI-UFBA)
TÍTULO:

MODELAGEM DE FATORES QUE INFLUENCIAM A IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS ÀS MUDANDAS CLIMÁTICAS:
UMA ABORDAGEM EMPRESARIAL INTERNACIONAL.


PALAVRAS-CHAVES:

Mudança climática. Risco regulatório. Risco físico. Risco de mercado. Resposta ao risco climático. Mitigação e Adaptação. Teoria da legitimidade. Teoria de Agência. Teoria dos Stakeholders.


PÁGINAS: 173
RESUMO:

Os riscos climáticos podem ter implicações econômicas e financeiras significativas para as empresas de todos os setores e seu enfrentamento demanda respostas efetivas urgentes. Por isso, as empresas precisam compreender esses riscos, identificá-los, avaliá-los e tomar medidas para gerenciá-los. O principal objetivo deste estudo foi investigar os fatores potenciais que influenciam na implementação de estratégias de mudanças climáticas pelas corporações, à luz da Teoria da legitimidade, de Agência e dos Stakeholders. Para alcançá-lo, foi realizado um estudo empírico, em empresas brasileiras, francesas e dos EUA, listadas em bolsas de valores, que responderam aos questionários do Carbon Disclosure Project (CDP), no período entre 2016 e 2018, totalizando 639 observações. As evidências sugerem que embora a conscientização da exposição ao risco climático das empresas pesquisadas seja embrionária, 97 %, 96 % e 88 % respectivamente, das organizações francesas, estadunidenses e brasileiras integram a gestão de riscos climáticos ao processo global e interdisciplinar de gestão de riscos. Descobriu-se, também, inúmeras empresas multinacionais que alegam não ter identificado nenhum risco climático com potencial de impactar seus negócios. De forma global, as empresas analisadas estão 1,41 vezes mais expostas ao risco regulatório do que ao risco físico. Por outro lado, estão 3,12 vezes mais expostas aos riscos regulatórios do que aos riscos de mercado. Também, 31 % das empresas brasileiras não tiveram nenhum projeto efetivamente implementado; essa percentagem é de 15 % na França e 8 % nos EUA. Ademais, 30 %, 7 % e 8 % não tiveram nenhuma iniciativa climática implementada, respectivamente do Brasil, França e EUA. A maioria esmagadora das inciativas implementadas em todos os países é a “eficiência energética” enquanto as menos implementadas foram energias solar e eólica. Assim, as empresas estão apostando cada vez mais a eficiência energética como a forma mais eficiente de reduzir as emissões de gases, a principal causa do aquecimento global. Concluiu-se que os esforços de enfrentamento das mudanças climáticas das empresas analisadas ainda são tímidos e incipientes. Os resultados da modelagem apontaram que, dos 14 fatores analisados, 13 influenciam de forma diferente de um país para outro. Existem 4 fatores chaves que, independentemente do país ou da região, determinam a implementação de estratégias climáticas pelas empresas: a rentabilidade, tamanho do conselho de administração, a regulamentação climática e a empresa de auditoria. Evidências revelaram que, apesar do baixo nível de maturidade na gestão de riscos climáticos e de esforços muito tímidos e incipientes no tocante às estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas das empresas analisadas, se for adotadas medidas de incentivos que aumentam o desempenho econômico e financeiro (incentivos fiscais, por exemplo), ou o aumento do tamanho do conselho de administração, ou criação de novas regulamentações climáticas ou endurecendo as existentes, bem como o incentivo para adoção de processo de auditoria aumentariam diretamente a implementação de estratégias às mudanças climáticas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - Nathalie DE MARCELLIS
Externo à Instituição - Luis M. Serra
Externo ao Programa - 1429447 - ANGELO MARCIO OLIVEIRA SANT ANNA
Presidente - 286723 - EDNILDO ANDRADE TORRES
Interno - 1523793 - SILVIO ALEXANDRE BEISL VIEIRA DE MELO
Notícia cadastrada em: 08/07/2021 22:11
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA